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Ataque a acampamento opositor em Bangcoc deixa 3 mortos e 24 feridos

Homens fortemente armados usaram fuzis e granadas contra manifestantes no centro da capital tailandesa. Polícia faz busca para localizar os agressores

Por Da Redação
15 Maio 2014, 08h26

Pelo menos três pessoas morreram e 24 ficaram feridas por causa de vários ataques contra um acampamento de manifestantes instalado nas cercanias do monumento para a Democracia, no centro de Bangcoc, informaram nesta quinta-feira os serviços médicos e a imprensa local. Vários homens carregados por uma caminhonete abriram fogo com fuzis de assalto M16 nesta madrugada contra o pessoal de segurança e manifestantes. Cinco minutos depois do tiroteio, duas granadas foram lançadas contra o acampamento, segundo jornal Bangcoc Post. A polícia investiga o paradeiro dos autores do ataque, mas até agora ninguém foi preso.

Um manifestante de 21 anos foi atingido no peito e no estômago por disparos, enquanto um guarda de segurança, de 51 anos, foi baleado no peito e na perna. Os dois morreram no local do incidente. A terceira vítima fatal, cujos dados ainda não foram revelados, morreu durante esta manhã no hospital onde estava internada pelos ferimentos sofridos durante os incidentes violentos, informou o jornal The Nation.

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Com as mortes de hoje já são 28 mortos e mais de 800 feridos desde que as manifestações contra o governos ganharam força e começaram as invasões de ministérios no dia 25 de novembro de 2013. O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, vice-primeiro-ministro com o Partido Democrata entre 2008 e 2011, pediu para o Senado e a Corte Suprema trabalharem para nomear um novo primeiro-ministro, depois que o Tribunal Constitucional destituiu a primeira-ministra Yingluck Shinawatra e nove ministros em um caso de abuso de poder.

Tumulto em reunião política – O primeiro-ministro interino da Tailândia, Niwatthamrong Boonsongphaisan, teve de fugir nesta quinta de uma reunião com a comissão eleitoral depois que ativistas antigovernamentais invadiram o recinto militar onde acontecia o encontro. A reunião tinha como objetivo tratar da organização das eleições gerais de 20 de julho – que ainda não foram oficialmente convocadas – que devem substituir as de fevereiro, canceladas pelos tribunais devido ao boicote dos manifestantes. Niwatthamrong e vários de seus ministros saíram escoltados por uma porta traseira da sala de uma base da força aérea no norte de Bangcoc, minutos antes da invasão dos ativistas.

Os manifestantes exigem que, antes da realização de novos pleitos, aconteça um reforma do sistema político que consideram corrupto e a serviço dos interesses do ex-primeiro-ministro, Thaksin Shinawata, irmão mais velho de Yingluck, que em 2008 foi condenado à revelia a dois anos de prisão por corrupção e vive no exílio. Os defensores de Shinawata e do governo, chamados ‘camisas vermelhas’, unidos na organização civil Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura, ameaçaram começar uma guerra civil se perdessem seus direitos democráticos. A Tailândia se arrasta em uma grave crise desde o golpe militar que derrubou Thaksin em 2006.

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(Com agência EFE)

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