Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Após declarar ‘independência’, separatistas querem anexação pela Rússia

EUA ressaltam que referendos separatistas são ilegais. UE amplia sanções

Por Da Redação
12 Maio 2014, 16h23

Depois de anunciarem a vitória do sim no referendo pela independência, rebeldes pró-Moscou agora querem que Donetsk passe a fazer parte da Rússia. Com isso, repetem o roteiro acompanhado pelas potências ocidentais na Crimeia, em março. “O povo de Donetsk sempre foi parte do mundo russo. Para nós, a história da Rússia é a nossa história”, disse Denis Pushilin, chefe da autodeclarada ‘República Popular de Donetsk’. “Com base na vontade do povo e na restauração da justiça histórica, pedimos que a Federação Russa considere a absorção da República Popular de Donetsk”, acrescentou.

Moscou nega ter ambições de anexar mais territórios do leste da Ucrânia, onde a maioria da população é de origem russa. Para o governo interino ucraniano, no entanto, Vladimir Putin está trabalhando para derrubar o poder legítimo do país.

Leia também:

Ucranianos querem manter fronteiras intactas, aponta pesquisa

Putin recua e ordena retirada das tropas da fronteira com a Ucrânia

Em Lugansk, onde também foi realizada uma consulta popular neste domingo que terminou com resultado favorável à separação, rebeldes afirmam que vão boicotar a eleição presidencial ucraniana, marcada para o próximo dia 25. A nova ‘República de Lugansk’ deve anunciar um novo referendo específico para tratar da união ao território russo, como fez uma Crimeia ocupada por tropas russas.

Continua após a publicidade

O Kremlin declarou nesta segunda que respeita os resultados dos referendos e defendeu o diálogo entre Kiev e as regiões separatistas do país. O governo americano, por sua vez, declarou que não reconhece as consultas “ilegais” e as considera uma tentativa clara de criar mais divisão e desordem no país. “Estamos desapontados que o governo russo não tenha usado sua influência para impedir esses referendos”, pontuou o porta-voz da Casa Branca Jay Carney.

Após uma reunião em Bruxelas, os ministros da União Europeia decidiram ampliar as sanções à Rússia, adicionando treze pessoas à lista dos que estão proibidos de viajar para o bloco e que terão seus ativos congelados na UE. Com isso, o número de atingidos pelas sanções chega a 61 pessoas. Restrições também foram impostas a duas empresas localizadas na Crimeia.

A medida também foi respaldada pela chanceler alemã Angela Merkel, que pediu para Kiev manter o foco exclusivamente nas eleições presidenciais que ocorrerão no dia 25 deste mês. “Se não ocorrer uma eleição presidencial reconhecida internacionalmente, o país será inevitavelmente desestabilizado”, afirmou. O secretário de estado de Relações Europeias da França, Harlem Desir, acrescentou que sanções adicionais podem ser impostas se “ações e provocações” dificultarem as eleições presidenciais na Ucrânia.

O secretário-geral da Otan, general Anders Fogh Rasmussen, declarou à CNN que consultas populares como as que ocorreram na Ucrânia “não contam”. “Esses referendos são ilegais por serem organizados de forma caótica e com questões dúbias e ambíguas.” Ele confirmou que a Otan discute medidas que estão diretamente relacionadas à escalada da crise no leste do país. “Estamos no processo de considerar novas ações. Essas ações podem incluir a ampliação dos planos de defesa já existentes, o desenvolvimento de novos planos de defesa, um aumento nos exercícios militares e uma distribuição de tropas apropriada. No entanto, é um pouco cedo para dizer exatamente como e onde faremos isso”, destacou.

Continua após a publicidade

Leia mais:

Vladimir Putin visita Crimeia no Dia da Vitória na II Guerra

Kiev confirma 14 militares mortos e 66 feridos durante ofensiva no leste

Fornecimento de gás – De acordo com o jornal britânico The Guardian, a companhia estatal russa Gazprom, responsável pelo fornecimento de gás para a Ucrânia e boa parte da Europa, ameaçou cotar o abastecimento se Kiev não arcar com uma dívida de 3,5 bilhões de dólares referentes aos serviços prestados pela empresa. A Gazprom também exige um pagamento adiantado do suprimento de junho para não interromper os seus serviços. Recentemente, o Fundo Monetário Internacional aprovou um pacote de ajuda no valor de 17 bilhões de dólares para tentar resgatar a economia ucraniana, que, segundo o próprio governo interino, beira a falência.

(Com agência Estado)

Continua após a publicidade

Entenda a atual situação dos conflitos nas cidades ao leste da Ucrânia:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.