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Lucas Piazon: segunda-feira, vida nova no Chelsea

Por Silvio Nascimento Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 set 2011, 07h24

“Gosto de futebol inglês, estou feliz de ir para o Chelsea e na minha cabeça me vejo jogando lá até uns 30, 31 anos, fazendo carreira mesmo”

Na próxima segunda-feira, às 9h30 da manhã, Lucas Piazon, de 17 anos, começa a treinar em período integral no CT de Cobham, do Chelsea, como jogador das categorias de base do clube. Ele se apresenta quatro meses antes do planejado por decisão do clube. No primeiro fim de semana de agosto, ele voou com o pai a Londres para uma reunião com o diretor de futebol, Michael Emenalo, na terça-feira dia 9 de agosto. Assinou o contrato de seis anos e atendeu a um outro chamado especial: o técnico português, André Villas-Boas, queria conhecê-lo. De pronto atendeu, conversaram um pouco, e a pergunta veio seca: “Você não quer treinar hoje?” A resposta igualmente seca: “Não trouxe chuteira.” Problema resolvido com um par do calçado número 39 cedido pelo clube e Lucas Piazon entrou num dos 32 campos de treino do Chelsea para trabalhar junto com jogadores como Anelka, Josh McEachran, Kalou, Sturridge – outras estrelas do time, como Petr Cech, Ashley Cole, John Terry, Lampard, Drogba, Ramires e David Luiz, estavam a serviço das seleções de seus países.

“O treino é bem diferente. O campo é muito reduzido e fizemos trabalho de um toque e passes”, conta o jovem um pouco acanhado, sem qualquer deslumbramento. Lembrando as feições de Kaká quando jovem e às vezes até do ator Ashton Kutcher, Lucas tem claro na cabeça que esta oportunidade de ir a Londres antes do previsto pode significar jogar algumas partidas nos times principais quando completar 18 anos, em janeiro. “Nas categorias de base vai dar para pegar ritmo e me habituar ao estilo de jogo inglês, além de trabalhar muito o físico. Vou ser menos cobrado agora, tenho certeza. E quando chegar janeiro terei quatro meses de intenso trabalho físico.”

Com o passaporte italiano é considerado jogador da comunidade europeia e será integrado à equipe de base do Chelsea, com a qual também treinou no início do mês. “Naquela terça-feira treinei com o primeiro time, mas no dia seguinte entrei em campo junto com a equipe de base. Fizemos mais treinamento de fundamentos, e fiquei mais à vontade com o grupo, apesar de ter alguns jogadores um pouco mais velhos”.

O jogador Lucas Piazon e Maria, sua namorada
O jogador Lucas Piazon e Maria, sua namorada (VEJA)
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Na verdade, o Chelsea queria que Lucas, 1,82 metro e 69 kg, comprado junto ao São Paulo por cerca de 8 milhões de euros (aproximadamente 18,5 milhões de reais), já ficasse em Londres para se integrar definitivamente à equipe. Ele pediu mais duas semanas para “definir” sua vida por aqui e embarca de vez para Londres nesta sexta-feira à noite. Vai morar num hotel perto do clube e a família vai no fim do ano de mudança. “Acho que vai me ajudar bastante com todos lá”, diz o garoto, com ares de quem ainda não tem total dimensão do que está acontecendo em sua vida.

Em janeiro devem desembarcar na capital inglesa a mãe Isabel, advogada, e a irmã mais nova, Juliana, de 13 anos. O pai, Antonio Carlos, representante comercial formado em Direito, deve seguir depois. Toda a família vai se dedicar a deixar Lucas totalmente concentrado no futebol. A namorada Maria Montoro, também de 17 anos, por enquanto vai ter de se contentar em ver e ouvir Lucas pela internet. O dois sabem que o momento é de dedicação e de Lucas se ambientar o maios rápido possível ao estilo inglês de vida e de trabalho na Premier League.

“Gosto de futebol inglês, estou feliz de ir para o Chelsea e na minha cabeça me vejo jogando lá até uns 30, 31 anos, fazendo carreira mesmo”, fala em tom casual, como quem se prepara para a mudança com cuidado, sabendo de todas as dificuldades que podem surgir.

A primeira barreira não deve ser muito grande, o idioma. Lucas já fala inglês razoavelmente, mas quer aprimorar, não quer ficar à parte de nada que aconteça à sua volta. O apoio familiar chega em janeiro e aí será hora de mudar de casa. “Uma coisa que gosto é de ter espaço em casa, sinto mais liberdade.”

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Ainda sem pensar em carrões ou veículos luxuosos, aeronaves e embarcações, itens típicos de astros dos campos – no estacionamento do CT do Chelsea sobram Ferraris, Porsches e outros superesportivos -, sabe que em breve vai ter de aprender a dirigir para ir aos treinos, em região afastada do centro de Londres. “Nunca me incomodei muito com isso. Mas se tiver um carro queria um pequeno, porque em Londres tem muitas ruas apertadas”, fala sem muito entusiasmo, ao pensar no trânsito britânico.

“Não tenho grandes sonhos ou objetos de desejo”, fala, com um relógio “big size” da marca holandesa TW Steel no pulso direito, e confessa que adora comprar cintos, de várias marcas e estilos. “Mas não sou de me arrumar muito, a não ser quando vou a festas”.

Sonho mesmo não confessado mas lógico é o de vestir a camisa da seleção principal e jogar numa Copa do Mundo, afinal onde tudo desemboca depois de virar profissional do futebol. A primeira dica é de como vai usar seu nome na camisa do Chelsea. “Não quero apenas Piazon, porque pode parecer estrangeiro. Queria colocar Lucas Piazon para que todos saibam que sou brasileiro.”

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