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Laboratório antidoping do Brasil é descredenciado às vésperas da Olimpíada

Mesmo após um investimento de 188 milhões de reais, Ladetec é suspenso por tempo indeterminado por não conseguir atingir os padrões internacionais no controle de dopagem. Exames podem ter que ser feitos no Canadá durante os Jogos

Por Cecília Ritto e Leslie Leitão, do Rio de Janeiro
24 jun 2016, 17h11

A pouco mais de 40 dias para o início dos Jogos Olímpicos, a imagem do Rio de Janeiro como anfitriã do evento sofreu mais um duro golpe. O Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (Ladetec), na Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi descredenciado por seis meses pela Agência Mundial Antidoping (Wada). De acordo com o órgão, apesar de todos os esforços, o laboratório que faria as análises das amostras dos atletas não conseguiu atingir o padrão de qualidade necessário. O país tem a partir de agora 21 dias para recorrer da decisão. Se não conseguir o aval, será preciso enviar todo o material coletado durante os jogos – a estimativa é de que sejam feitas 5 500 exames — para outro país, mais provavelmente Canadá ou Suíça, e enfrentar a burocracia brasileira nos aeroportos.

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O laboratório já havia sido suspenso em 2013 por não ter espaço e equipamentos adequados às normas da Wada e por cometer três erros em testes. Para servir ao evento, o governo federal injetou 188 milhões em uma reforma completa do local, que aumentou em quatro vezes, dobrou o quadro de técnicos e comprou dezenas de novos equipamentos.

“Enquanto isso, vamos trabalhar em estreita colaboração para resolver o problema”, afirmou o diretor geral da Wada, Olivier Niggli, prometendo fazer o transporte seguro de todas as amostras que estão no Ladetec e deverão ser analisadas em outro laboratório credenciado pelo mundo: “Os atletas podem ter certeza de que a suspensão só acabará quando o laboratório estiver otimizado e que a melhor solução será adotada para garantir a lisura das análises feitas durante os Jogos”.

Na época da Copa do Mundo de 2014, com o Ladetec suspenso, as amostras das urinas dos jogadores foram enviadas à Suíça. O custo da operação foi pago pela Fifa. Desta vez, ainda não se sabe a quem caberá mais essa fatura.

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