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Na ‘batalha’ do esporte, o teste do Rio para a Copa e os Jogos Olímpicos

Militares de carreira e atletas olímpicos competem lado a lado na competição. No quesito orçamento, primeiro problema: estouro de 28%

Por Flávia Ribeiro, do Rio de Janeiro
13 jul 2011, 15h53

O acesso aos centros esportivos também será avaliado ao longo da competição. Mas os holofotes estarão mesmo sobre os atletas, muitos deles esperanças de medalhas já no ano que vem, nas Olimpíadas de Londres. O objetivo do Brasil é ficar entre os três primeiros no ranking de medalhas

Numa das modalidades, os atletas devem saltar de paraquedas e pousar sobre um alvo de cinco centímetros de diâmetro – sim, você leu certo. Na outra, uma das provas é lançamento de granada. Numa terceira, os atletas são soltos no meio da mata e, usando apenas uma bússola e um mapa, precisam achar o caminho de volta. Dito assim, a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares parece um grande treinamento de guerra. Mas além de cinco esportes exclusivamente militares – pentatlos naval, militar e aeronáutico, pára-quedismo e orientação -, a disputa envolve 15 modalidades olímpicas.

A ‘batalha’ esportiva, que começa sexta-feira com três jogos de futebol e tem cerimônia de abertura no sábado, no Engenhão, reúne cerca de 4 mil atletas de 112 países em dez dias de competição, no maior evento-teste da cidade antes da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

No teste financeiro, por sinal, os Jogos falharam, estourando em 28% o orçamento inicial de R$ 1,2 bilhão do Ministério da Defesa, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Mas a entrega de instalações de primeiro nível pode compensar o aumento nos despesas e apontar o caminho para as Olimpíadas de 2016 – apenas um dos centros inicialmente programados para as competições, o Complexo Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, degradado desde sua utilização no Pan-Americano de 2007, não ficou pronto.

Pelo menos oito instalações esportivas que sediarão competições nos Jogos Mundiais Militares serão usadas nas Olimpíadas: Engenhão, Maracanãzinho, Parque Aquático Maria Lenk, Arena Multiuso, Estádio de São Januário, Centro Nacional de Tiro, Centro Nacional de Pentatlo Moderno e Centro Nacional de Hipismo, os três últimos no Complexo Esportivo de Deodoro. Além disso, uma das três vilas militares construídas para receber os atletas, a Verde, servirá como vila dos árbitros e de equipes de apoio em 2016.

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O acesso aos centros esportivos também será avaliado ao longo da competição. Mas os holofotes estarão mesmo sobre os atletas, muitos deles esperanças de medalhas já no ano que vem, nas Olimpíadas de Londres. O objetivo do Brasil é ficar entre os três primeiros no ranking de medalhas dos Jogos Militares, depois de ter amargado a 31ª colocação na edição passada, em Hyderabad, na Índia. Para isso, de dois anos para cá, diversos atletas de ponta ingressaram nas Forças Armadas, com contratos de oito anos. Tornaram-se militares temporários, competindo e treinando com militares de carreira.

Jadel Gregório, do salto triplo, ouro no Pan do Rio e prata no Mundial de Osaka, no Japão, em 2007, tornou-se marinheiro naval recentemente e passou o primeiro semestre do ano em treinamento para os Jogos Mundiais Militares, chegando a cancelar algumas competições em São Paulo só para se preparar. Outros atletas brasileiros conhecidos, como a pernambucana Yane Marques, 4º colocada no ranking Mundial de pentatlo moderno, ou a jogadora de vôlei Valeskinha, medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim, também estarão nos Jogos.

Entre os esportes mais aguardados pelo público estão o judô e o taekwondo, com medalhistas olímpicos como Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Diogo Silva. Os ingressos para as finais dessas modalidades foram os primeiros a acabar. A expectativa de 150 mil pedidos de ingressos pelo site, por sinal, foi superada e o número chegou a 230 mil, todos gratuitos. Quando esse público começar a chegar, vai se iniciar mais um teste: o da organização. Se a disciplina militar falar mais alto, o evento tem tudo para passar com louvor.

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