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COB apresenta logomarca dos Jogos Olímpicos do Rio durante o show da virada na Praia de Copacabana

Imagem foi inspirada na forma do Pão de Açúcar e concebida em três dimensões, apostando na propagação da tecnologia da televisão 3D

Por Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
31 dez 2010, 21h44

“A marca tem essa perspectiva tridimensional. Ela é um objeto. Isso vai permitir experiências muito diferentes. As pessoas vão poder, de fato, entrar na marca”, explicou Fred Gelli, da agência vencedora do concurso

O Pão de Açúcar foi a inspiração para a equipe da agência carioca Tátil desenvolver a logomarca escolhida para representar os Jogos Olímpicos Rio 2016. O símbolo foi apresentado para o mundo por volta das 22h20 do dia 31, num telão instalado na Praia de Copacabana, em frente ao Hotel Copacabana Palace, onde dois milhões de pessoas se reuniram para festejar o Ano Novo. A festa contou com apresentação da cantora Daniela Mercury e teve como estrelas os saltadores Maurren Maggi, medalhista de ouro em Pequim-2008, e Caio Cézar, jovem talento apontado como promessa de medalha em 2016. Juntos, eles chamaram o vídeo que deu fim ao suspense e revelou a cara das Olimpíadas do Rio.

Logo Olimpíadas Rio
Logo Olimpíadas Rio (VEJA)

Ao som da música Aquele Abraço, de Gilberto Gil, a logomarca foi afinal apresentada ao público, que ajudou a desfraldar uma enorme bandeira com a impressão do desenho, uma representação de três pessoas abraçadas, formando a palavra “Rio”. Os milhões de pessoas que assistiam dos telões na praia ou pela televisão conheceram uma logomarca cheia de simbolismos. À primeira vista, a leitura mais óbvia: três pessoas de mãos dadas, simbolizando a chamada “diversidade harmônica”, numa referência à convivência pacífica entre diferentes etnias, raças, credos e culturas no Brasil. Um olhar mais atento revela que trata-se do Pão de Açúcar estilizado. O verde, o azul e o amarelo, além de serem as cores do Brasil, também remetem aos aros olímpicos, às florestas cariocas, ao sol e ao mar. (Assista ao vídeo produzido pelo COB com o momento da apresentação da marca)

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“Se vocês notarem, dá para ler Rio ali. Também dá para ver o Pão de Açúcar. Temos também os aros olímpicos. Só estou tentando ler Eduardo Paes, para usar na minha próxima campanha”, brincou o prefeito da cidade momentos depois, durante a entrevista coletiva. Com a missão de transmitir o espírito olímpico e a essência do Rio numa linguagem universal, e ainda se manter atual até a data dos Jogos, a marca foi concebida em três dimensões. Diante da perspectiva de que as Olimpíadas do Rio podem coincidir com a explosão das TVs 3D, a decisão ganha ainda mais sentido. “A marca tem essa perspectiva tridimensinal. Ela é um objeto. Isso vai permitir experiências muito diferentes. As pessoas vão poder, de fato, entrar na marca”, explicou Fred Gelli, sócio e diretor de Criação da Tátil. “Queríamos uma marca escultura para uma cidade escultura”.

A marca foi escolhida no dia 1° de setembro, por unanimidade, pelos 12 membros do corpo de jurados. Depois de passar por pequenos ajustes, foi enviada ao Comitê Olímpico Internacional no dia 8 de outubro e aprovada pela entidade em 17 de novembro. Estima-se que cerca de 400 pessoas, dentro e fora do país, tiveram algum tipo de contato com a logomarca durante o processo. (Assista ao vídeo oficial de apresentação da marca dos Jogos Olímpicos de 2016, na Praia de Copacabana, em alta definição)

“Nós vivemos uma angústia, desde 1 de setembro, para que a marca não vazasse. Hoje, ela está registrada em 45 classes no mundo inteiro. E ninguém conseguiu descobrir. Foi um segredo guardado a sete chaves por 400 pessoas”, comemorou Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador (CORio 2016) e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

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Mesmo depois de saber da vitória, o designer Fred Gelli manteve segredo até para os próprios funcionários. “Me pediram segredo. Mas avisei que eu tinha que contar para minha avó. Ela estava torcendo muito. Então, liguei para ela. No fundo, todos (da agência) sabiam (da vitória). Mas eles sabiam o quanto era importante para a gente guardar segredo. Ninguém pressionou muito. E, quando a gente revelou, foi um momento de alívio, de comemoração”, contou Gelli.

Na coletiva após a apresentação da marca, o presidente do COI, Jacques Rogge, fez um balanço positivo da sua visita ao Rio de Janeiro, na qual conheceu várias obras e projetos para as Olimpíadas. No entanto, ele disse não ter ficado surpreso. “Eu sabia do progresso, do que estava sendo feito no Rio. O mais importante foi conhecer as pessoas porque os Jogos Olímpicos são organizados por pessoas”, afirmou o dirigente. Presidente da comissão de coordenação do COI, a marroquina Nawal El Moutawakel também se disse satisfeita com o andamento do projeto olímpico do Rio. “Nós confiamos no comitê responsável. Durante a visita vimos determinação das equipes de Nuzman, do governador e do prefeito. Como estão empenhados em cumprir todas as promessas, começando por aeroportos e toda a estrutura de esportes. Os projetos eram um sonho e hoje vão se tornar uma realidade”, disse.

Mesmo com os elogios, o prefeito Eduardo Paes aproveitou para, mais uma vez, assegurar que a cidade vai manter o ritmo dos preparativos para o evento. “Quero reafirmar que nós vamos faremos tudo no tempo certo, cumprindo o cronograma. E vamos entregar os melhores Jogos Olímpicos da história. Mais do que isso, vamos fazer a maior transformação de uma cidade a partir dos Jogos Olímpicos”, prometeu.

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