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Brasil x Argentina: Copa América 2011 tem arquirrivais na panela de pressão (e adversários fortes também no páreo)

Saiba por que as seleções de Neymar e Messi têm tudo para travar uma batalha espetacular no principal torneio do continente - em uma edição muito especial

Por Da Redação
2 jul 2011, 00h46

Para tornar as coisas ainda mais difíceis para brasileiros e argentinos, outra novidade nesta edição em relação aos últimos torneios. Desta vez, pelo menos duas equipes aparecem como ameaças reais à hegemonia da dupla

Num passado não tão distante, era uma competição com poucos atrativos e muitos problemas. As seleções mais tradicionais do continente chegaram a disputar algumas edições sem seus principais jogadores. Não era para menos: as partidas eram disputadas em estádios acanhados, com gramados esburacados e estrutura precária. Os times participantes também não ajudavam muito – em baixa, até as seleções favoritas ao título pouco lembravam os grandes esquadrões do passado. Não desta vez. Uma conjunção de fatores positivos transformou esse quadro em 2011 (confira no quadro abaixo). E a Copa América que começou na noite de sexta-feira, na Argentina, tem tudo para ficar na memória dos torcedores como um dos melhores torneios da história recente do futebol mundial. Com grande equilíbrio entre suas principais forças, a disputa tem início com apenas uma certeza: pelo menos um dos gigantes da América do Sul sairá cambaleante da briga. Brasil e Argentina encaram uma intensa pressão para levar a taça na aguardada decisão, marcada para o dia 24 de julho, em Buenos Aires.

Os argentinos já sentiram esse nervosismo logo na estreia – jogando mal, só empataram com a frágil Bolívia, por 1 a 1. No caso dos brasileiros, a cobrança é mais amena. Atual bicampeã da Copa América, a seleção pentacampeã do mundo chegou ao país vizinho com um retrospecto invejável na última década da competição. As duas conquistas, em 2004 e 2007, foram justamente sobre a arquirrival Argentina. Se na Copa América o Brasil anda fazendo sucesso, na Copa do Mundo a situação é muito mais incômoda. As duas eliminações nas quartas de final, em 2006 e 2010, deixaram a torcida pouco confiante na equipe mais vencedora do futebol internacional. Para complicar, a nova fase da seleção, sob o comando de Mano Menezes, ainda não empolga, mesmo com a presença de jogadores que cativam a torcida, como Neymar, Ganso e Pato. Será a primeira competição oficial de Mano e o primeiro grande desafio dessa geração encarregada de disputar a Copa de 2014 em casa, quase com a obrigação de levantar o hexa. Vida fácil, portanto, o Brasil não terá. Não só porque tem o peso da responsabilidade nas costas, mas também porque terá obstáculos monumentais.

Não perca

A seguir, os melhores jogos da fase inicial:

  1. • Argentina x Colômbia, 6/7, 21h45
  2. • Brasil x Paraguai, 9/7, 16h
  3. • Uruguai x Chile, 8/7, 19h15

Confira a tabela completa

Título ou tragédia – O maior desses obstáculos tem só 1,69 metro, mas tornou-se um verdadeiro colosso nas últimas três temporadas. O argentino Lionel Messi, incontestável detentor do título de melhor jogador do planeta, comanda uma seleção com muitas coisas a provar nesta Copa América. O próprio Messi retorna à sua terra natal com um abacaxi a descascar: estará sob todos os holofotes e na mira de todos os zagueiros, mas ainda assim terá de brilhar, desequilibrar os jogos, marcar gols de placa e levar o time ao topo do pódio – encerrando, finalmente, a fama de jogador de clube, que não consegue brilhar com a camisa de sua seleção, e de craque “estrangeiro”, que tem não desperta nos torcedores as mesmas paixões que outros ídolos, como Di Stéfano, Kempes e Maradona. Um fardo nada modesto para o atacante de 67 quilos carregar. Mas o mundo se acostumou a ver Messi driblar qualquer barreira desde que ele despontou no Barcelona. Ele não está sozinho nessa encrenca: todo o time carrega a incômoda certeza de que qualquer resultado que não seja o título será uma tragédia, algo que abalaria de vez a confiança do torcedor argentino no futebol de sua seleção.

Tabela
Campeão Vice
2007, Venezuela Brasil Argentina
2004, Peru Brasil Argentina
2001, Colômbia Colômbia México
1999, Paraguai Brasil Uruguai
1997, Bolívia Brasil Bolívia
1995, Uruguai Uruguai Brasil
1993, Equador Argentina México

Os argentinos montaram grandes equipes nos últimos anos, mas as gerações recentes carregam a fama de decepcionar nas horas decisivas. Por causa disso, vivem uma vexatória seca de títulos, que já se estende desde 1993. A última conquista argentina com sua seleção principal foi justamente uma Copa América, em 1993 – um jejum de dezoito anos, portanto. Nesse período, os alvicelestes viram a seleção brasileira ganhar duas Copas do Mundo e três Copas das Confederações – sem contar quatro edições da própria Copa América. Jogarão este torneio com toda a torcida a seu favor, mas o público pode passar a ser um elemento negativo se as coisas não forem bem. São os favoritos, mas sabem que podem tropeçar a qualquer momento – e que esse tombo será dolorido demais. Para tornar as coisas ainda mais difíceis para brasileiros e argentinos, há outra novidade nesta edição em relação aos últimos torneios. Desta vez, pelo menos duas equipes aparecem como ameaças reais à hegemonia da dupla: o Paraguai, com um time eficiente e perigoso, e principalmente o Uruguai, quarto lugar na última Copa, com o melhor jogador do Mundial, Forlán. Como se vê, serão três semanas de emoções de tirar o fôlego nos campos sul-americanos.

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