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Bope vive sua noite de UFC

Por Davi Correia, do Rio de Janeiro
26 ago 2011, 01h13

Às vésperas do UFC Rio, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) abriu seu quartel para receber a 25ª edição do Shotoo, um dos maiores campeonatos de MMA do Brasil. O evento foi apenas para imprensa e convidados, e teve produção digna de uma noite de UFC. Entre as oito lutas da noite, dois policiais representaram o Bope, e havia ainda dois argentinos e quatro americanos entre os lutadores. No caminho até o ringue os atletas saíam de um caveirão, com muita fumaça de gelo seco, e eram acompanhados por policiais com óculos e roupa de combate, capacete, armas e balaclavas pretas para esconder o rosto.

Todos os jornalistas tiveram de passar por uma ‘checagem’ da direção do Bope. Chegando ao quartel, na zona sul do Rio, um policial com fuzil indicava que os convidados deviam fazer uma fila e esperar uma van que os levaria ao local das lutas. Outro policial, também equipado com fuzil, cuidava para que todos respeitassem a fila e para que o transporte não ficasse sobrecarregado. Os soldados pareciam em zona de guerra, com olhares fixos e sempre dando ordens a plenos pulmões- como no filme Tropa de Elite.

Depois de cinco minutos de van já era possível ver holofotes amarelos e vermelhos e vários homens fardados organizando os convidados. Sempre com armas em punho, os soldados acertavam os últimos detalhes para o início das lutas. Faixas pretas com o símbolo do Bope – uma caveira perfurada com uma faca e dois revólveres cruzados – cuidavam da decoração. Para quem viu o filme, o local de chegada da van lembrava a cena em que o Capitão Nascimento (Wagner Moura), ensina os aspirantes o conceito de estratégia.

Alguns soldados com o rosto pintado de preto e verde se acomodavam nas cadeiras aos gritos de ‘caveira’. O locutor fez os agradecimentos. “Sejam bem-vindos a esse lar de guerreiros.” Os soldados à beira do ringue foram ao delírio. A seguir, fogos de artifício e bombas saudaram os lutadores. Na platéia, ídolos do MMA, como Royce Gracie, ex-campeão do UFC; José Aldo, campeão da categoria peso-pena do UFC; Carlão Barreto, ex-lutador e comentaristas.

No ringue – Os brasileiros foram superiores e venceram os oito combates disputados – Felipe Olivieri, soldado Gonçalves, Haroldo Cabelinho, cabo Félix, Rodolfo Marques, Hacran Dias, Ronys Torres e Glover Teixeira foram os vitoriosos.

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A torcida dos atletas que representavam o Bope era feroz, seus adversários ouviam gritos de “vai morrer”, e a cada soco os ‘caveiras’ gritavam mais.

Faca na caveira – Os soldados responderam à torcida e venceram os dois combates. Depois da luta beijaram a bandeira do batalhão e urraram: ‘Faca na caveira!’

Os dois representantes do Bope começaram a praticar jiu-jitsu ainda crianças. Depois da luta, cabo Félix disse que está ‘treinando para ser profissional há apenas três meses’. O soldado Gonçalves conta que já usou as artes marciais a serviço do batalhão. “Tinha um sujeito que estava muito drogado e tentando bater na ‘sua senhora’. Não podia usar minha arma por causa da ocasião, aí parti para o jiu-jitsu e consegui algemá-lo”.

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