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Bicheiro é mentor na ‘escola Andrés’ de craques do futuro

O cartola que acha o sucesso do Barcelona uma 'balela' pôs contraventor para liderar a seleção sub-20 - e, no Corinthians, deixou escapar o talento de Lucas

Por Da Redação
10 abr 2012, 09h17

O Corinthians campeão nacional sob o comando de Andrés tinha apenas um jogador titular revelado no próprio clube, o goleiro Julio César

Andrés Sanchez já é famoso pelas frases controversas, mas pegou de surpresa os torcedores e comentaristas com sua última pérola, na noite de domingo – para ele, falar que o Barcelona é um modelo de futebol não passa de “balela”, já que o desempenho arrasador de uma equipe que já é considerada uma das melhores da história (confira no quadro abaixo) seria resultado apenas de uma “boa fase”, e não de um trabalho bem executado nas categorias de base. A avaliação do diretor de seleções da CBF foi muito discutida pelos cronistas esportivos do país na segunda-feira, mas, na verdade, sua opinião não deveria causar grande espanto. Colocado no cargo por causa da amizade com o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Andrés Sanchez jamais teve as credenciais necessárias para ficar no comando das seleções de base. O ex-presidente do Corinthians, que conseguiu grandes façanhas no comando do clube – como contratar Ronaldo, atrair patrocinadores e viabilizar a construção de um estádio – sempre teve um calcanhar de aquiles em sua gestão: justamente a administração das divisões de base da equipe paulista.

Em função dos acordos políticos que o fizeram subir na hierarquia do clube, Andrés Sanchez manteve no comando das categorias menores a um notório contraventor, André Negão. Amigo de Andrés, o ex-bicheiro tinha uma sala vizinha ao gabinete do então presidente corintiano. Ao assumir o cargo na CBF, uma das primeiras providências de Andrés foi nomear um chefe de delegação para acompanhar a seleção sub-20 num torneio no exterior. O escolhido para liderar os jovens craques do Brasil na competição foi André Negão. Com Andrés na presidência e André Negão como seu braço-direito, o Corinthians conseguiu títulos nas categorias de base, mas fracassou justamente no que Ricardo Teixeira dizia ser uma das missões de Andrés na CBF: fazer a transição dos jogadores da base para a equipe de cima, fazendo valer o investimento nos jovens para construir times mais fortes na seleção adulta. Mas o Corinthians campeão nacional no ano passado, por exemplo, tinha apenas um jogador titular revelado no próprio clube, o goleiro Julio César – que, aliás, só manteve a posição porque os reforços contratados para tentar substituí-lo nos últimos anos não deram certo. Nos últimos anos, só dois jogadores formados no Corinthians foram transferidos por grandes valores ao exterior: Willian, em 2007, e Dentinho, em 2011. Enquanto os rivais reforçam suas equipes com bons valores formados em casa (e enquanto o Barcelona costuma jogar com oito ou nove titulares surgidos na base), o Corinthians emplaca pouquíssimos novatos no time principal. Com Andrés Sanchez, o clube ainda perdeu Lucas para o rival São Paulo. Hoje, Lucas é o segundo jogador mais valioso do país, perdendo só para Neymar.

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