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Zac Efron se reinventa em comédia escrachada ‘Vizinhos’

Ator, que ficou conhecido na adolescência com a série de filmes da Disney 'High School Musical', está pronto para provar que cresceu. Seu novo cartão de visita é a comédia que chega ao Brasil em 19 de junho

Por Mariane Morisawa, de Nova York
14 jun 2014, 09h11

Zac Efron está em uma missão para provar que não é apenas um sujeito bonito, famoso por cantar e dançar no filme High School Musical, ou por atuar em romances melosos. Como Miley Cyrus e sua ex-namorada Vanessa Hudgens, o ator de 26 anos quer mostrar que cresceu e que é versátil o suficiente para interpretar papéis que vão de dramas independentes até comédias populares. É só dar uma olhada em seus últimos trabalhos. Em Obsessão, de Lee Daniels, ele viveu um garoto inocente fascinado pela loira trash e sexy Charlotte Bless (Nicole Kidman), que em dado momento urina nas queimaduras de água viva do rapaz. Em JFK, a História Não Contada, de Peter Landesman, interpretou um jovem médico que socorre o presidente americano John F. Kennedy depois de ser baleado.

Em Vizinhos, do diretor Nicholas Stoller, que chega aos cinemas na próxima quinta-feira (19) no Brasil, o ator faz sua primeira comédia rasgada, no papel de Teddy, o presidente de uma fraternidade que se muda para a casa ao lado do casal Mac (Seth Rogen) e Kelly (Rose Byrne), pais de um bebê e relutantes em abandonar a vida sem responsabilidades. “Tive a benção de fazer filmes de gêneros diferentes com diretores diferentes”, disse Efron em entrevista ao site de VEJA, em Nova York. “Mas é tudo experimentação. Ainda sou um estudante. Ainda estou aprendendo.”

Foi com esse espírito que ele chegou ao set de Vizinhos, em que contracena com gente muito mais acostumada às comédias e ao improviso – Rogen é ator e roteirista de produções como É o Fim e Segurando as Pontas, Byrne é conhecida por Missão Madrinha de Casamento. “Acho que ele tinha um pouco de medo porque nunca tinha feito um filme do gênero. É complicado entabular diálogos malucos, coisa que certamente ele nunca teve de fazer no Disney Channel”, afirmou o produtor James Weaver.

Efron aprendeu sua lição. “Foi incrivelmente divertido não levar tudo de forma tão séria. No terceiro dia, o ego tinha ido embora, não havia pressão, era só estar no momento e fazer o máximo”, afirmou. Sentiu-se tão à vontade que não temeu nem sugerir que seu personagem não fosse apenas um vilão disposto a infernizar a vida do casal vizinho. “Ele disse que o público precisava gostar dos caras da república”, contou o diretor Nicholas Stoller. “E ele estava certo.”

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Vizinhos Na comédia, o personagem de Efron, Teddy, é um sujeito sem muitas perspectivas, apesar de estar na universidade, e leva muito a sério sua posição como presidente da fraternidade formada também por Pete (Dave Franco, irmão de James Franco), Scoonie (Christopher Mintz-Plasse) e Garf (Jerrod Carmichael). Já Mac e Kelly estão crentes de que ainda são os mesmos jovens baladeiros de dois ou três anos antes e tentam parecer moderninhos para o bando de garotos da casa ao lado. Não querem ser os vizinhos chatos que reclamam do barulho o tempo inteiro.

O problema é que a festa nunca tem hora para terminar na república. Uma noite, eles não aguentam e chamam a polícia, depois de terem prometido a Teddy que jamais fariam isso. E aí a guerra entre vizinhos está declarada, com todo tipo de jogo sujo. Teddy quer defender seu direito de se divertir a todo custo, mas é capaz de surpreender com atitudes bacanas. “Zac é absurdamente bonito, mas tem uma certa inocência que faz com que todo o mundo goste dele”, afirmou Stoller. “É muito carismático. E para mim não tem nada mais aterrorizante do que um cara legal ameaçando te matar.”

Os momentos que se seguem são puro nonsense, na linha de Se Beber, Não Case! e Superbad – É Hoje, com uma pequena diferença: uma protagonista feminina interessante, tão ou mais bagunceira do que os rapazes. “Sempre fico irritado quando, em uma comédia, um personagem não é engraçado, especialmente se for uma mulher”, disse Stoller.

A combinação deu certo, e Vizinhos, um besteirol para o qual ninguém dava nada, foi sucesso de crítica e público nos Estados Unidos. No fim de semana de estreia no país americano, a produção derrubou do primeiro lugar nas bilheterias O Espetacular Homem-Aranha: A Ameaça de Electro, ao arrecadar 51,1 milhões de dólares (cerca de 113 milhões de reais). O valor é um dos melhores já alcançados por uma comédia original e com censura que limita a entrada de adolescentes sem um acompanhante maior de idade, segundo o site especializado Box Office Mojo. Até o momento, o longa ocupa o 8º lugar na lista de melhores bilheterias do ano por lá, e totaliza mais de 226 milhões de dólares (cerca de 504 milhões de reais) em todo o mundo.

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Dificuldades fora da tela – Para Dave Franco, Zac Efron está em um momento Channing Tatum em Anjos da Lei, que passou a ser chamado para filmes de todo tipo depois da comédia. “Acho que o mesmo vai acontecer com Zac após Vizinhos“, disse o ator. De qualquer maneira, Efron está tentando se garantir, e entrou como produtor na comédia romântica Namoro ou Liberdade e no thriller O Negociador, baseado no best-seller de John Grisham.

Mas a verdade é que Efron tem outros desafios pela frente, além de convencer todo o mundo de que não é somente um ex-astro do Disney Channel. No ano passado, ele ficou algumas semanas numa clínica de reabilitação para dependência de álcool e cocaína. Quando saiu, fez uma viagem com o pai para o Peru e, desde então, frequenta reuniões dos Alcoólicos Anônimos. Em março, um novo escândalo: envolveu-se em uma briga com um mendigo em uma região de má fama de Los Angeles, dominada por traficantes e gangues perigosas. Agora, o aprendiz de galã mora com o irmão mais novo e afirma ter se reaproximado de sua família. E garante que os dias de balada estão reservados para cenas de filmes como Vizinhos. “Acho que nunca mais vou a uma festa grande como a que tivemos de filmar”, disse.

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