‘SuperStar’ retorna com novos jurados e menor poder de decisão do público
Com Sandy, Thiaguinho e Paulo Ricardo, programa impõe limite de cinco bandas para a aprovação do público
A segunda temporada do SuperStar, espécie de show de calouros de bandas da Globo, estreou neste domingo com mudanças para oxigenar e dinamizar a competição. De cara, o júri foi completamente renovado: entraram Sandy, Thiaguinho e Paulo Ricardo no lugar de Ivete Sangalo, Fábio Jr. e Dinho Ouro Preto, o que melhorou o ritmo do programa, tornando-o mais ágil. Outra mudança foi a limitação do poder de escolha do público. Desta vez, apenas as cinco bandas mais votadas em cada dia da primeira etapa, que dura cinco domingos, se classificam para a segunda fase da atração. As demais aprovadas pelo público seguem para a repescagem. No ano passado, todos os grupos aplaudidos pelo público se classificavam, o que criava um volume excessivo de bandas e tornava o programa lento, moroso. Para votar, o público contou novamente com um aplicativo desenvolvido para o programa — que, pelos relatos publicados nas redes sociais, deu problemas no início da transmissão deste domingo.
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Ao contrário do que prometeu, a cantora Sandy não foi a bruxa má. Pelo contrário: Sandy foi Sandy, fofa, sorridente e achando tudo ótimo. A cantora foi elegante e simpática nos comentários, “adorava” tudo e poucas vezes criticou quem se apresentava. Thiaguinho seguiu praticamente a mesma toada: sempre se animava e tentava disfarçar quando não gostava de alguma banda no palco. Também não fez críticas incisivas. Já Paulo Ricardo procurava justificar as suas escolhas e analisava até com certo didatismo a sonoridade de cada grupo, fazendo críticas quando achava necessário. Foi o melhor jurado da noite.
As bandas — No primeiro dia de audição, cinco grupos se classificaram e um sexto seguiu para a repescagem. O forró das paulistas do Trio Sinhá Flor conquistou os três jurados e 84% no termômetro do público. Elas tocaram Na Puxada de Rede, música alegre que animou a plateia e fez Sandy se levantar para dançar ao ritmo das garotas, por quem foi escolhida como madrinha.
A banda alagoana Vibrações fez um bom reggae de Ela Partiu, um dos clássicos de Tim Maia. O público gostou e retribuiu com 78% de votos. Os três jurados votaram “sim” e Vibrações escolheu Thiaguinho como padrinho.
Com 18 anos de estrada, a banda Tianastácia tem duas vantagens em relação aos rivais: a experiência de já ter feitos grandes shows e ser conhecido de parte do público. Sai na frente, sem dúvida, mas nada disso adiantaria se o grupo não tivesse tocado bem a canção Cabrobó, a mais conhecida do seu repertório. Aprovada com 77%, Tianastácia elegeu Paulo Ricardo como padrinho.
O grupo Eletronaipe era instrumental até se juntar a Marquinho OSócio, vocalista da banda que já cantou em outro programa da TV Globo, o The Voice Brasil. Eles tocaram Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda, canção de Hyldon que ficou famosa na voz de Paula Toller, do Kid Abelha, mas releram a canção, mesclando a qualidade da banda com a ótima voz de Marquinho OSócio. Os três jurados votaram a favor e eles conquistaram 77% dos votos dos espectadores.
A pior do primeiro dia de audição, a banda Leash conseguiu a aprovação do público no último segundo, de Sandy e de Thiaguinho, mas Paulo Ricardo não votou a favor deles. O grupo apresentou Contando as Horas, pop rock fraco, de letra e rima simples. No lugar deles, devia ter sido aprovado o Wannabe Jalva, direto, sem repescagem. Eles tocaram a autoral Down the Sea, uma das melhores apresentações da noite, mas que não conquistou mais votos por causa da letra em inglês. Eles tiveram 71% dos votos e agradaram Sandy e Paulo Ricardo, que foi escolhido como o padrinho.
Os roqueiros do StellaBella e os pagodeiros do SambaLivre tiveram somente 36% e 64% dos votos e foram eliminados do programa.