‘SuperStar’: o que vale a pena ouvir de novo
Relembre apresentações que não chegaram à final, mas merecem destaque
Nem só de finalistas se fez o SuperStar. A noite que consagrou Malta como a grande campeã do reality show de bandas, no domingo passado, reuniu as concorrentes que ganharam mais popularidade nos três meses de competição. Para chegar a esse grupo – completo ainda por Jamz, Suricato e Luan e Forró Estilizado – 34 bandas passaram pelo palco do programa e 24 delas foram aprovadas nas audições. Só metade sobreviveu à fase de duelos, mas uma eliminação precoce não significa que a passagem mereça ser esquecida. Se SuperStar repetir a sina dos realitys musicais brasileiros, será mais fácil se deparar com uma dessas outras fazendo sucesso no futuro do que com os vencedores de fato. Por via das dúvidas, relembre refrões grudentos, personagens marcantes e versões criativas apresentadas pelos aspirantes a astros.
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Move Over
Formação: Adriane Santana (voz), Leandrinho (bateria), Gabriel Blackalpha (guitarra), Arley Wood (baixo).
A banda da ‘moça de cabelos vermelhos’, como ficou conhecida, foi a recordista de aprovação nas audições: conquistou 94% dos votos, com o ‘sim’ dos três jurados, cantando Roar, de Kary Perry. Também se revezou com a campeã Malta na liderança de quase todas as eliminatórias do programa. A voz potente de Adriane rendeu ótimos momentos à competição, mas não foi suficiente para fazer o grupo passar da semifinal (Top 6).
Melody
Formação: Taísi Cunha (voz), Alina Cunha (voz), Maitê Cunha (voz), Guiza Ribeiro (guitarra), Bilo (baixo), Carlos Lazzari (bateria).
São três casais de amigos, que decidiram colocar as mulheres nos vocais e deixar os homens nos instrumentos. Melhor divisão não poderia haver – o revezamento que elas fazem ao microfone e a harmonia que conseguem cantando juntas é de cair o queixo. Não à toa, arrebataram 91% dos votos nas audições e avançaram com tranquilidade até o Top 9, quando não conseguiram fazer o telão subir.
Gafieira Carioca
Formação: Artur Elyachar (voz), Thais Motta (voz), Daniel Conceição (bateria), Lelei Gracindo (sax), Lourival Franco (teclado), Rafael Chaves (percussão), Jeferson Victor (trompete), Rodrigo Munhoz (sax), Pedro Moraes (sax), Mauro Zacharias (trombone).
Gafieira Carioca chegou para a última noite de audições do programa, e apostou todas as fichas em Flor de Lis, de Djavan, no ritmo de samba. O contraste entre o grave e o agudo dos vocalistas Artur Elyachar e Thais Motta encantou os jurados. Foram aprovados com 87%, mas não resistiram à fase seguinte, quando tiveram de enfrentar um forte duelo contra o forró da Bicho de Pé.
Bicho de Pé
Formação: Janaína Pereira (voz e percussão), Daniel Teixeira (baixo), Potiguara Menezes (guitarra, violão, cavaco, arranjos), Chica Brother (percussão), Renatinho Alemão (percussão), Clayton Gama (sanfona).
Quando Bicho de Pé chegou às audições cantando a música autoral Nosso Xote, todos tiveram a certeza de já ter ouvido aquilo antes – mais precisamente no ano de 2001, quando o forró se tornou uma sensação no Brasil. “Já namorei muito ouvindo essa música”, agradeceu André Marques, logo após a apresentação. Aprovada com 84% dos votos, a banda ganhou a simpatia do público, que a levou até as semifinais.
Grupo do Bola
Formação: Saimon Kovalsky (vocal), Matheus GDB (percussão), Djonathan “Dione” (percussão), Robson Silva (cavaco), Igor Inhaquites (percussão), Leozinho (percussão), Rodrigo Gandolfi (contrabaixo).
Grupo do Bola chegou ao SuperStar determinado a provar que tudo pode acabar em pagode – e transformar o palco em festa. Nas audições, já chegaram com uma nova versão para Papo Reto, do Charlie Brown Jr., e terminaram aprovados com o bom índice de 84%. O público também gostou da roupagem dada a Reggae Power, do Natiruts, e lhes garantiu 79% dos votos. Evoluíram bem na competição até o Top 7, uma rodada antes da semifinal.
Fuzzcas
Formação: Carol Lima (voz), Leandro Souto Maior (guitarra), Fabiano Parracho (baixo), Lucas Leão (bateria).
Inspirada no rock dos anos 50, 60 e 70, a banda defendeu só músicas autorais nas três apresentações que fez no reality show – a começar por Deveras, que garantiu uma aprovação com 77% dos votos nas audições. Buscaram sempre um som diferenciado, e ele pode ser encontrado até em uma simples garrafa pet. Deixaram a competição no Top 12, perdendo por míseros 31 décimos para o reggae da Yute Lions.
Depois do Fim
Formação: Jess (vocal), Evy Favoretto (guitarra), Gabriela Guedes (guitarra), Vans (baixo), Diogo Marino (bateria).
O nome da banda até pode não ser lembrado pela maior parte do público, mas não há quem não se lembre do grude: “Eu já amei um idiota e você também”. Era o refrão de Idiota, a composição própria que Depois do Fim apresentou nas audições. Conquistaram 76% dos votos, mas não conseguiram avançar além da etapa seguinte. Nos duelos, quem levou a melhor foi a Fuzzcas.
The Soul Session
Formação: Jordan Costa (voz), Bené Groove (baixo), Charlie Diéf (guitarra), Bartho Black (bateria).
Eles chegaram para as audições com Mandamentos Black, de Gerson King Combo, e conquistaram 76% de aprovação do público e dos jurados. Era uma banda que tinha tudo para avançar muito no programa – apesar de o black não ser um ritmo que conquiste os brasileiros. Na fase de duelos, porém, foram colocados para enfrentar a popular Suricato, em uma disputa que chegou a ser considerada uma final antecipada.
Cluster Sisters
Formação: Gabriela Catai (voz), Giovanna Correia (voz), Maitê Motta (voz), Emílio Mizão (guitarra), Diogo Burka (baixo), Bruno Cotrim (bateria), Wesley César (sax).
O visual é vintage e o som remonta as décadas de 1930 e 1940. Nas audições, as três vocalistas arrasaram com o jazz It Don’t Mean A Thing, de Duke Ellington. Passaram com 75% de aprovação, somado o ‘sim’ dos três jurados. O melhor porcentual depois desse foi com a elogiadíssima versão para What A Wonderful World, imortalizada por Louis Armstrong. Deixaram jurados e apresentadores comovidos ao serem eliminadas no Top 8.
Mary Di
Formação: Mary Di (voz), Roberto Mattos (guitarra), Marco Corrêa (baixo), Flávio Salvador (bateria), Vanessa Loyola (piano).
A vocalista com ar pin-up que dá nome à banda é uma atração à parte – não só pelo talento musical, mas principalmente pela personagem que toma conta do palco a cada apresentação. O arranjo de rock para Meu Sangue Ferve Por Você, de Sidney Magal, lhes garantiu 72% de aprovação nas audições. Fizeram outro belo show nos duelos, mas não conseguiram superar a ‘banda da moça de cabelos vermelhos’, Move Over.
https://youtube.com/watch?v=gpFXMSZJH6s%3Flist%3DPLxFfose56Aje1P8MSxv6FCU0ugtSomQzc
Jamz
Formação: Will Gordon (voz e baixo), Gustavo Tibi (teclado), Paulinho Moreira (guitarra), Pepê Santos (bateria).
História: “Quatro amigos, muito trabalho e vontade de fazer música.” É como gostam de se definir os cariocas da Jamz, banda que já existia informalmente mas só se oficializou para participar do SuperStar. Suas influências são o soul, R&B e – como o próprio nome indica – jazz. Chegaram ao reality show musical no último dia de audições, quando conquistaram 87% dos votos. Alternaram sua participação no programa entre músicas autorais e covers. O show mais elogiado foi a versão para Happy, de Pharrel Williams, que está entre as canções mais baixadas no site do programa.
Facebook: /bandajamz
https://youtube.com/watch?v=ifU_s3lmRIg%3Flist%3DPLxFfose56AjcPj8ui_ADUH6E42JUaqytM
Luan e Forró Estilizado
Formação: Luan Barbosa (voz), Felipe Brito (bateria), David Michael (guitarra), Pablo Rosseline (baixo).
História: A banda de Campina Grande, na Paraíba, existe há quatro anos. Como o próprio nome diz, forró é a sua especialidade. Chegaram tímidos ao SuperStar, conquistando a aprovação no último segundo do terceiro dia de audições. Chegaram a ser vistos como ‘zebras’ da competição, mas foram com surpreenderam (e cresceram) a cada apresentação – muito graças ao carisma do vocalista que aprendeu a tocar sanfona ainda criança. No site do programa, a versão mais aclamada de Luan e Forró Estilizado é a de Jeito Carinhoso, sucesso da dupla sertaneja Jads e Jadson.
Facebook: /LuanEForroEstilizado
https://youtube.com/watch?v=gxxPy1Gpvdg%3Flist%3DPLxFfose56AjfGxXy0wHMplFtq4fgYR2wS
Malta
Formação: Bruno Boncini (voz), Thor Moraes (guitarra), Adriano Daga (bateria), Diego Lopes (baixo).
História: A paulista Malta foi a primeira banda aprovada no SuperStar (com 80% dos votos) – a segunda a se apresentar na estreia das audições. A batida de rock pesado em contraste com as letras românticas foi uma mistura avassaladora. “Os brutos também amam”, garantiu o vocalista Bruno, levando ao suspiro apaixonado uma legião de fãs. Sempre fizeram questão de levar suas músicas autorais para o palco e mostraram verdadeiras candidatas a hit, como Diz Pra Mim, do grudento refrão “Diz pra mim o que eu já sei / Tenho tanta coisa nova pra contar / De mim / Diz pra mim sobre você”.
Facebook: /bandamaltaofficial
https://youtube.com/watch?v=oATZ7eKbw0o%3Flist%3DPLxFfose56AjfKTdpDbJ4LMTt5Iqqks0I8
Suricato
Formação: Rodrigo Suricato (voz), Raphael Romano (baixo), Gui Schwab (guitarra), Pompeo Pelosi (percussão).
História: Suricato foi a sensação do segundo dia de audições do SuperStar. Para levar ao público uma versão inovadora de Come Together, dos Beatles, os cariocas se muniram de instrumentos bastante criativos e de sons muito particulares, como ukulele, weissenborn, lap steel, mala bumbo e pandeirola. Resultado: impressionantes 91% de aprovação e um fã-clube que os apelidou de “surigatos”. A banda tem no currículo parcerias muito elogiadas, como na versão de Um Certo Alguém com Lulu Santos e na composição da música Pra Tudo Acontecer, com Paulinho Moska – uma das mais baixadas no site do programa.
Facebook: /suricatooficial