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‘Skyfall’: sombra, ação e comédia em um 007 histórico

Daniel Craig não mentiu quando prometeu humor ao 23º longa da saga, apontado pela imprensa britânica como o melhor de todos. Mas impagável mesmo é o vilão Raoul Silva, quase uma Carminha de tão carismático

Por Carol Nogueira
26 out 2012, 10h08

Com roteiro guardado a sete chaves, 007 – Operação Skyfall, a nova empreitada de James Bond nos cinemas, só começou a ter detalhes revelados na semana passada, quando a crítica britânica teve acesso ao filme. Foi aí que, sem pestanejar, os jornalistas ingleses cravaram: este é o melhor filme da saga. A opinião dificilmente vai alcançar unanimidade. Mas, ainda que não seja o melhor dos 23 filmes de Bond, Skyfall é certamente o mais completo, já que é capaz de trazer elementos novos e, ao mesmo tempo, manter as tradições do clássico agente secreto.

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Como bem observou a crítica britânica, Skyfall tem pontos de contato com outro grande filme de ação recente, O Cavaleiro das Trevas Ressurge, capítulo que fechou este ano a trilogia de Batman dirigida por Christopher Nolan. Assim como o filme do morcego, o longa do agente secreto, que é assinado por Sam Mendes (Beleza Americana e Estrada para Perdição), é sombrio e carregado de referências ao terrorismo, uma escolha mais que acertada para os filmes cheios de realismo que Craig vem estrelando na pele de Bond.

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‘Operação Skyfall’, o longa mais ambicioso da era Daniel Craig

No caso de Skyfall, o tema é o cyber-terrorismo — é frequente aqui a piada-clichê “É só apertar este botão que algo incrível acontece”. Cabe ao vilão Raoul Silva (Javier Bardem, em uma de suas melhores atuações e mais impressionantes caracterizações) colocar em curso a ameaça, em que investe para se vingar do serviço secreto britânico e de sua líder, M (Judi Dench), por uma desavença do passado.

Outro toque atual vem com a mudança do “armeiro” de Bond, Q, que passa a ser um nerd de vinte e poucos anos. “Posso fazer mais estrago com um laptop, e vestindo pijamas, do que você em um ano no campo”, diz o ousado rapaz, interpretado por Ben Whishaw, ao conhecer Bond. É o cartão de visitas da geração Y.

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Já o tom sombrio vem da excepcional fotografia de Roger Deakins (colaborador frequente de Mendes e também dos irmãos Coen, de Onde os Fracos Não Têm Vez e Bravura Indômita), responsável por cenas lindas. Em uma delas, Craig luta com um dos capangas de Silva no topo de um arranha-céu em Xangai. Os fãs das cenas de ação não se sentirão decepcionados com o novo filme da franquia, que tem algumas das melhores sequências do gênero dos últimos anos.

Mas, se por um lado é obscuro, por outro o longa tem momentos de leveza inéditos para os Bonds de Craig. O ator falava sério quando prometeu, em chat com jornalistas brasileiros realizado neste mês, que Skyfall teria mais humor que os longas anteriores, Cassino Royale (2006) e Quantum of Solace (2008). Muitas das cenas de humor, porém, nem se devem a ele: são cortesia do personagem de Bardem, tão carismático que faz o espectador torcer por ele. Em uma das passagens mais engraçadas do filme, o vilão sugere que Bond “vire a casaca” e acaba descobrindo que o agente secreto pode ter tido alguma experiência homossexual no passado – ui!

Já a comentada cena em que Bond troca o seu tradicional Martini por uma cerveja está tão bem encaixada dentro do roteiro que não provoca asco nem nos fãs mais puristas. Afinal, ter uma sequência em que um Bond praticamente aposentado aparece isolado em uma praia, tomando uma cerveja após transar com uma das Bond girls, a troco de uma bolada que garantiu a execução do longa, é um preço muito pequeno a se pagar por um filme tão divertido.

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