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Revista americana aplaude longa brasileiro em Veneza

'Boi Neón' foi exibido na sexta-feira na mostra Orizzonti do festival de cinema italiano

Por Da Redação
7 set 2015, 12h46

O Brasil não está na disputa pelo Leão de Ouro do Festival de Veneza, mas vai sair do evento com algum motivo para comemorar. Boi Neón, longa do pernambucano Gabriel Mascaro, foi bem recebido na mostra Orizzonti do festival, onde colheu elogios da tradicional revista americana Variety. Boi Neón, que conta com o ator Juliano Cazarré como um vaqueiro que pilota uma máquina de costura, um dos questionamentos de cultura de gênero feitos pelo filme, também irá ao Festival de Toronto, no Canadá, neste mês. A produção ainda não tem data para estrear em circuito comercial.

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“Mascaro e Diego Garcia mostram olhar de mestre para composição”, diz trecho da resenha publicada pela Variety, citando também o diretor de fotografia do longa. “Selecionado de modo randômico, qualquer frame do filme se sustenta poderosamente como a pintura de um artista (Brueghel ou Vermeer), comunicando a própria textura e os aromas de cada ambiente”, continua o texto.

A resenha ressalta que o foco de Boi Neón não é contar uma história de forma convencional, mas investigar seus personagens e o subtexto político que há na cultura em que vivem. Entre os personagens investigados a fundo pelo longa, está Iremar, papel de Juliano Cazarré (o MC Merlô de A Regra do Jogo). Vaqueiro que tem como tarefa pintar o rabo dos bois antes da vaquejada — espécie de rodeio em que os concorrentes têm de agarrar o rabo dos animais para derrubá-los no chão –, Iremar gosta mesmo é de costurar, função que é restrita às mulheres na região e o põe em conflto com a família.

O vaqueiro dedica seu tempo livre para costurar roupas para Galega (Maeve Jinkings), uma dançarina sensual que está sempre na estrada, a trabalho. Há um certo frisson sexual entre os dois, embora eles se tratem quase como irmãos. A trama, ambientada no agreste, conta ainda com Vinicius de Oliveira (o menininho de Central do Brasil).

Este é o segundo longa-metragem de ficção do pernambucano Gabriel Mascaro, que no ano passado participou da mostra de novos talentos de Veneza com Ventos de Agosto, depois agraciado com uma menção honrosa no Festival de Locarno. Mascaro já assinou diversos documentários, como Doméstica (2012).

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