O governo alemão pode contar com o apoio da Jewish Claim Conference, organização judaica que restitui bens espoliados pelos nazistas, para buscar possíveis herdeiros das 1.400 obras de arte encontradas em Muniqu,e em 2012, mas só anunciadas este ano. “Estamos em discussões intensas com a Jewish Claim Conference, que tem experiência neste tema. E, evidentemente, colocaremos esta experiência a serviço”, disse o porta-voz do governo, Steffen Seibert.
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Nos últimos dias, especialistas e líderes da comunidade judaica criticaram a falta de transparência das autoridades alemãs e a aparente lentidão das investigações sobre a origem das obras de arte, algumas das quais teriam sido espoliadas dos judeus durante o Terceiro Reich. Já foi formada uma equipe de “ao menos seis especialistas” para colocar em andamento estas complexas investigações, acrescentou o porta-voz do governo. Na terça-feira, Rudiger Mahlo, representante na Alemanha da Jewish Claim Conference, pediu que a organização possa participar da força operacional do governo e que todas as obras estejam visíveis na internet, “se possível antes do fim do ano”, para facilitar a investigação.
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Em fevereiro de 2012, mais de 1.400 desenhos, gravuras e pinturas, entre elas obras de Picasso, Matisse e Renoir, foram encontradas entre os escombros do apartamento em Munique do filho de Hildebrand Gurlitt, um grande galerista de passado obscuro que constituiu uma coleção nos anos 1930 e 1940 sob o regime nazista.
(Com agência France-Presse)