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Mosaico de crenças abre projeto coletivo de Guillermo Arriaga

‘Falando com Deuses’, produção do cineasta mexicano que assina o roteiro de filmes como 'Babel', apresenta nove histórias sobre religiões, feitas por diretores de países diferentes. Próximos projetos serão sobre sexo e política

Por Flávia Ribeiro
1 out 2014, 09h44

Um mosaico de nove histórias quem tratam da fé ou da falta dela forma o longa Falando com Deuses (Words with Gods), concebido e produzido pelo mexicano Guillermo Arriaga (roteirista de 21 Gramas, Babel e Amores Brutos). Cada curta é escrito e dirigido por um cineasta de um país diferente, incluindo o próprio Arriaga, que fala sobre ateísmo e representa o México no impactante La Sangre de Díos, capítulo final do filme. Há ainda segmentos sobre o budismo, do japonês Hideo Nakata; o hinduísmo, da indiana Mira Nair; o judaísmo, do israelense Amos Gitai; o cristianismo ortodoxo, do sérvio Emir Kusturica; o catolicismo, do espanhol Álex de la Iglesia; a religiosidade aborígine, do australiano Warwick Thornton; e o islamismo, do iraniano Bahman Ghobadi. O Brasil está presente com O Homem que Roubou o Pato, de Hector Babenco, sobre a umbanda, religião nascida no país.

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“Chamei amigos, como Babenco, Kusturica e outros. Alguns eu não conhecia pessoalmente, como Mira Nair e Amos Gitai. Mas tenho grande admiração profissional por todos, acredito que são verdadeiros gênios da cinematografia mundial”, elogiou Arriaga, no Brasil para o lançamento de seu filme no Festival do Rio. Falando com Deuses é o primeiro de quatro filmes de um projeto pessoal do cineasta, que decidiu tratar de temas difíceis, sempre sob o ponto de vista de diversos diretores de nacionalidades e bagagens culturais diferentes.

Os próximos serão Encounters, sobre sexo; Polis, sobre política, e Into the Bloodstream, sobre drogas. Todos trarão novos diretores e olhares. Nem Arriaga será repetido nos créditos de direção: ele ficará apenas na produção, nos projetos seguintes. “Ia ficar parecendo um ‘Arriaga e Amigos’, e não é isso. É um projeto de diversidade.”

Em Falando com Deuses, há um desequilíbrio típico de filmes com várias histórias e realizadores. Algumas se destacam. Entre elas, a de Arriaga, visceral como sempre; a divertida fábula iraniana sobre dois irmãos siameses, um bem mais religioso que o outro; e o espanhol Confissão, sobre um criminoso confundido com um padre. Outras deixam bastante a desejar. Mas o resultado final, apesar de altos e baixos, é interessante.

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“É um filme reflexivo, que tem profundidade e respeita as crenças. Mostrei para algumas pessoas que nunca tinham ouvido falar de algumas das religiões abordadas no longa. Para elas, foi uma janela para a religião. Dos quatro projetos coletivos, talvez este seja o mais difícil, o mais delicado e polêmico, por causa do tema”, diz Arriaga, que escolheu o ateísmo por ser ateu. “A ideia, neste filme, é cada diretor acreditar na religião que retrata, ou ao menos ser próximo dela. Babenco, por exemplo, não é da umbanda, mas a conhece bem.”

Falando com os Deuses tem sessões nos dias 6 de outubro (segunda-feira), às 21h40, no Estação Ipanema 1; e 8 de outubro (quarta-feira), às 14h e às 19h, no Roxy 3.

Imagem de 'Falando com os Deuses', projeto coletivo concebido pelo mexicano Guillermo Arriaga
Imagem de ‘Falando com os Deuses’, projeto coletivo concebido pelo mexicano Guillermo Arriaga (VEJA)
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