Mercado de arte tem recorde de vendas em 2014 com US$ 54,9 bi

A arte contemporânea foi o segmento mais importante em volume de vendas, responsável por movimentar 48% do total, ou seja, 6,3 bilhões de dólares

Por Da Redação
11 mar 2015, 16h35

Visitantes próximos às obras de 'Mother and child divided' durante exposição de Damien Hirst na galeria de arte Tate Modern em Londres, Inglaterra (Toby Melville/Reuters/VEJA)

O mercado internacional de arte e antiguidades registrou recorde de vendas em 2014, com transações no total de 54,9 bilhões de dólares (cerca de 171 bilhões de reais), após vários anos de estagnação, segundo o relatório O Mercado da Arte 2015 publicado nesta quarta-feira. O documento é preparado anualmente pela organização da Feira Europeia de Arte (Tefaf), cuja 28ª edição acontece de 13 a 22 de março na cidade de Maastricht, na Holanda.

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A movimentação financeira no mercado global de arte em 2014 teve um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Os países que mais contribuíram para este número foram os Estados Unidos (39%), China (22%) e Reino Unido (22%). A autora do documento e economista cultural Clare McAndrew destaca o “vigor contínuo” da arte moderna, assim como a de pós-guerra e contemporânea, sendo esta última a mais importante em volume de vendas: foi responsável por movimentar 48% do total, ou seja, 6,3 bilhões de dólares.

“Este mercado continua a ser extremamente polarizado, no qual um número relativamente pequeno de artistas, compradores e vendedores movimenta grande parte do valor total”, disse Clare. Ela explicou que essa concentração está ameaçada pela tendência do crescimento da comercialização de obras de arte pela internet, que estimulou um maior volume de vendas nos segmentos de preços mais baixos. A venda online arrecadou 3,5 bilhões de dólares em 2014, número que representa 6% do total movimentado no ano.

Uma tendência apontada no relatório é o aumento do número de feiras, que contribuíram para a expansão do mercado de arte. Essas vendas representam 40% das realizadas por colecionadores, perdendo apenas para as galerias como o canal mais importante para as transações de arte. Em 2014, houve pelo menos 180 feiras prestigiadas de arte.

(Com agência EFE)