Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘Maze Runner 2’ se afunda em mar de referências clichês

Franquia distópica volta a exagerar na mistura de elementos que atraem bilheteria, com cenário pós-apocalíptico, experimento científico e, por que não, personagens zumbis

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 set 2015, 09h06

É necessária muita paciência para chegar ao fim de Maze Runner: Prova de Fogo, o segundo capítulo da saga distópica, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira. Concorrente à vaga de substituto do sucesso Jogos Vorazes, a franquia dirigida por Wes Ball teve um começo interessante, ao narrar a misteriosa história de um grupo de adolescentes sem memória, preso em um terreno cercado por muros gigantescos que separam o local de um sinistro labirinto. O bom potencial se perde quando o autor da trama na literatura, James Dashner, insere uma salada de referências batidas, somada a um cenário pós-apocalíptico e uma organização governamental para lá de suspeita. A sensação de déjà vu ficou pior.

Leia também:

Atriz de ‘Maze Runner’ é nova musa de ‘Piratas do Caribe’

Continua após a publicidade

Entrevista: James Dashner: “Filme ‘Jogos Vorazes’ fez meus livros ficarem famosos”

Ator de ‘Game of Thrones’ vai atuar em novo ‘Maze Runner’

A sequência acontece minutos depois do fim do primeiro filme, quando os rapazes liderados por Thomas (Dylan O’Brien) e Teresa (Kaya Scodelario) escapam do labirinto e são resgatados por pessoas armadas e uniformizadas. Os jovens são levados para uma construção considerada segura, liderada por Janson (Aidan Gillen, o Littlefinger de Game of Thrones). Lá encontram outros adolescentes, que também estavam presos em labirintos espalhados sobre o que restou da Terra. Aqui, abre-se um parêntese para a novidade. Fora dos labirintos e de construções como esta, a vida é impraticável. O mundo foi devastado e se tornou um lugar árido, sem leis, sem água, sem uma ordem social e com um adendo e tanto: o vírus Fulgor, que transforma as pessoas em famintos e rápidos zumbis.

Continua após a publicidade

Thomas descobre que seus salvadores, na verdade, são parte da mesma organização que os manteve presos no labirinto, a qual atende pela sugestiva sigla Cruel (Catástrofe e Ruína Universal: Experimento Letal). Os jovens ali presos são imunes ao tal vírus, por isso, podem ser um canal de cura – enquanto são dissecados e pendurados por tubos. Os rapazes, experientes em corridas, como já mostra o primeiro filme, armam uma mirabolante fuga da fortaleza e logo depois se encontram no selvagem mundo que se tornou a Terra. A missão deles é descobrir a veracidade sobre um possível grupo de resistência que se reúne nas montanhas.

A partir daí, a produção de mais de duas horas de duração serve apenas como espetáculo de efeitos visuais e uma boa injeção de adrenalina. Mesmo assim, é necessária uma dose de abstração para chegar até o fim e encarar cenas que parecem cópias mal feitas de produções do passado, como a série Lost e o filme Matrix. Os clichês também são abundantes e nenhuma surpresa ou reviravolta é inesperada. Porém, um dos maiores problemas do longa é sua falta de nexo como um todo. O segundo filme e o primeiro em pouco se relacionam. A geografia da cidade não faz sentido. E o protagonista acredita piamente ser um herói da DC Comics. A sensação final é que, se zumbis e um planeta destruído não for suficiente, o terceiro filme, previsto para 2017, pode ter vampiros ou outro elemento popular para conquistar mais bilheteria.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.