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Los Hermanos emociona e toca até ‘Anna Júlia’ para celebrar 15 anos de carreira

Banda carioca fez nesta quinta o primeiro de uma série de quatro shows que realiza em SP; nos próximos dias, toca também em Porto Alegre e no Rio de Janeiro

Por Carol Nogueira
11 Maio 2012, 07h53

Parecia a reunião dos Beatles. Vários minutos antes do show, a plateia pedia pela banda com coros e gritos de torcida. Quando a apresentação começou, o vocalista Marcelo Camelo nem cogitou entoar os primeiros versos de O Vencedor. Ele sabia que a plateia se encarregaria disso, cantando cada verso a plenos pulmões e mais alto do que seu microfone poderia chegar. É como definiu o vocalista Rodrigo Amarante, ao olhar para a plateia do Espaço das Américas, nesta quinta-feira: “Não dá para se acostumar com isso aqui”. Desde 1999, quando a banda carioca Los Hermanos lançou seu primeiro álbum, homônimo, sabe que todos os seus shows, sem exceção, serão catárticos. E, ainda assim, é surpreendente ver que, mesmo sete anos após o lançamento do último disco do grupo, 4, e vários de hiato, os fãs continuam tão fiéis como se a banda tivesse surgido há poucos meses. A apresentação desta quinta-feira foi a primeira de quatro em São Paulo e faz parte da turnê comemorativa de 15 anos do grupo. Nos próximos dias, os músicos tocam em Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Show da banda carioca Los Hermanos em São Paulo, em 10 de maio de 2012, pela turnê de comemoração dos 15 anos do grupo
Show da banda carioca Los Hermanos em São Paulo, em 10 de maio de 2012, pela turnê de comemoração dos 15 anos do grupo (VEJA)

No primeiro show no Espaço das Américas, aparentando certa falta de entrosamento, Camelo e Amarante passaram boa parte do tempo revezando os microfones a cada música. Mas a plateia parecia nem ligar — afinal, o que importava era ver os ídolos e cantar com (ou sem) eles. No caso das músicas de Camelo, sem eles, já que o músico preferia deixar a plateia cantar. Assim seguiram Retrato pra Iaiá e Todo Carnaval Tem Seu Fim, do disco Bloco do Eu Sozinho (2001), O Vento, Morena e Primeiro Andar, do álbum 4 (2005), e Além Do Que Se Vê, Um Par, De Onde Vem a Calma e Do Sétimo Andar, do disco Ventura (2003). Sempre mesclando repertório de todos os trabalhos do grupo a fim de contemplar os fãs com suas favoritas.

No bloco seguinte, o primeiro disco do grupo ganhou destaque. Camelo cantou, na sequência, Azedume e Descoberta. Depois, cedeu o microfone novamente para Amarante mostrar uma versão ainda mais melancólica da faixa Sentimental, de Bloco do Eu Sozinho — aliás, embora tenha sempre sido considerado a metade solar do grupo, o músico aparentou estar em um momento mais introspectivo. Atualmente gravando seu primeiro disco solo, Amarante apresentou uma música nova, Um Milhão, bonita e triste. Camelo, por outro lado, parece mais feliz e sorridente do que nunca — e bem mais do que em sua carreira solo na divulgação dos discos Sou (2008) e Toque Dela (2011). Vai ver é o casamento com a cantora Mallu Magalhães?

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Show da banda carioca Los Hermanos em São Paulo, em 10 de maio de 2012, pela turnê de comemoração dos 15 anos do grupo
Show da banda carioca Los Hermanos em São Paulo, em 10 de maio de 2012, pela turnê de comemoração dos 15 anos do grupo (VEJA)

Embora o clima geral na plateia já fosse de êxtase total desde a primeira música, foi depois de A Flor que a catarse se instaurou. Foi a primeira vez, em pouco mais de 1 hora, que Camelo e Amarante dividiram os vocais, inclusive, no mesmo microfone. A cena ficou bonita no telão gigante instalado atrás do palco, mostrada por uma câmera no microfone. O indicativo do bom entrosamento entre os dois era o que faltava para os fãs irem de vez à loucura. E a plateia respondeu cantando junto ainda mais nas faixas seguintes, Cara Estranho, Condicional, A Outra, Deixa o Verão, Casa Pré-Fabricada e O Velho e o Moço. Para se despedir antes do bis, uma execução emocionante de Último Romance, dançada como valsa por vários casaizinhos na plateia.

O bis começou com Dois Barcos, de 4, mas o repertório foi fechado somente com músicas do primeiro disco: Tenha Dó, Quem Sabe, Pierrot e — quem diria — até Anna Júlia, que o grupo tem deixado de fora nas apresentações mais recentes. Parte da plateia hesitou, mas, no refrão, não houve quem resistisse gritar: “Ôôô Anna Júlia!”

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