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‘Invocação do Mal 2’ retorna com mais sustos e demônios

Com sequência, diretor James Wan supera a capacidade de assustar do primeiro filme

Por Rafael Aloi
9 jun 2016, 09h58

Em 1977, Peggy Hodgson, uma mãe solteira com quatro filhos, chamou a polícia após presenciar estranhos barulhos e móveis se mexendo sozinhos na sua casa, no norte de Londres. Este era só o início do caso de paranormalidade mais documentado da história, conhecido como o Poltergeist de Enfield. É nesta história real que se baseia o filme Invocação do Mal 2, que estreia nesta quinta-feira no Brasil.

A sequência é novamente protagonizada pelos famosos demonologistas Ed e Loraine Warren (interpretados por Patrick Wilson e Vera Farmiga). Ela começa em Amityville, em Nova York, nos Estados Unidos, com o caso que trouxe fama ao casal. Em 1976, a família Lutz convocou a Igreja e a dupla para sua residência após fugir do local alegando sentir uma presença maligna responsável por vários eventos inexplicáveis (conhecido como Horror em Amityville, o caso já foi retratado em outro filmes e livros). Um ano antes, na mesma casa, um rapaz assassinou toda a família enquanto dormia, após afirmar ter recebido ordens de um demônio. Na época, o caso foi considerado uma farsa, mas os Waren disseram ter sentido sim uma presença sobrenatural ali.

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No comecinho de Invocação do Mal 2, Lorraine faz uma regressão e acompanha os assassinatos que aconteceram. Porém, ela é levada pelas vítimas até o porão, onde encontra uma freira maligna e tem uma visão horrível sobre o futuro. Após o susto, ela faz o marido prometer que eles não vão aceitar novos casos, pois ela não quer chegar novamente “tão perto do inferno”. Mas tudo muda ao saberem do caso em Londres.

Em Londres, a família Hodgson é atormentada pelo espírito de um homem de 72 anos que era o antigo dono da casa em que moram então, e que morreu sentado em uma poltrona na sala. O espírito maligno possui a filha mais nova, Janet (Madison Wolfe). Após a garota ser gravada por uma equipe de televisão falando com a voz do morto, a Igreja convoca os Warren para ver o que realmente está acontecendo. O caso em Londres foi comumente chamado de Amityville britânica, por isso os roteiristas do filme resolveram conectar as duas histórias, fazendo com que a freira maligna dos Estados Unidos continue aterrorizando os demonologistas mesmo após o encerramento do caso.

A sequência não economiza nos sustos e nas aparições dos demônios. Uma boa diferença em relação ao primeiro filme, que pouco exibia a bruxa responsável por amaldiçoar uma família. Mas o vilão desse filme tem muito mais força visual do que o do primeiro, e apenas sua silhueta já é o suficiente para arrancar arrepios da plateia. O diretor James Wan sabe como construir uma presença assustadora em cena, como já fez com a máscara de porco na franquia Jogos Mortais (outra criação sua, que dirigiu o primeiro filme e produziu as seis sequências), e retorna com essa técnica com o demônio-freira.

Wan já tinha feito um bom trabalho no primeiro Invocação do Mal (2013) – que é o terror com roteiro original de maior bilheteria, depois de O Exorcista (1973) – e mostra na sequência que sua habilidade para assustar só melhora, ao se firmar como um dos grandes nomes atuais do gênero. O diretor possui uma boa experiência no ramo, pois, além de Jogos Mortais, ele também comandou a franquia Sobrenatural.

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A trilha-sonora e fotografia são o destaque do filme, e a maior fonte de pulos da cadeira do cinema. Abusando de imagens desfocadas e de movimento de câmeras, que constantemente são usadas para esconder partes do cenário escuro e destruído, ou revelar outras vagarosamente, o terror cria um clima de tensão do começo ao fim.

Apesar da aparente bagunça no roteiro (escrito mais uma vez por Carey e Chad Hayes) com mais de um espírito a ser combatido, o filme libera pistas ao longo da trama para no fim amarrar tudo. E consegue fazer isso com coesão, interligando Amityville e Londres, e conectando os demônios que aterrorizam a todos. Ao contrário da boneca Annabelle no primeiro filme, que aparece apenas para efeitos de susto e que atraiu mais atenção do que a história principal.

O roteiro ainda conta com pequenos momentos de alívio cômico para que o público possa respirar no meio da sombria história. Uma boa sacada dos roteiristas foi também incorporar elementos da investigação real sobre o caso (que concluiu que tudo era uma farsa), uma vez que ele foi muito explorado na época. Misturando uma elaborada ficção com a realidade, cria-se uma história em que o espectador, às vezes, fica em dúvida sobre tudo o que viu, até o momento final, assim como os demonologistas.

Infelizmente, o trailer do longa já entrega uma parte do mistério envolvendo o trabalho da freira-demônio. Os espectadores mais atentos também podem perceber várias dicas ao longo da trama sobre o segredo final em torno do vilão. Porém, mesmo com esses “semi-spoilers”, o filme cria surpresas e promove expectativas, além de manter intactos a tensão, os sustos e o terror que a grande maioria deve sentir na sala do cinema.

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