‘Eu tinha medo de arruinar o livro’, diz diretor de ‘Pequeno Príncipe’
Em entrevista ao site de VEJA, Mark Osborne fala sobre o temor de adaptar o clássico de Antoine de Saint-Exupéry na animação que acaba de chegar aos cinemas
Em 1990, Mark Osborne, indicado ao Oscar por Kung Fu Panda, leu pela primeira vez o livro O Pequeno Príncipe. Apesar de saber da existência da obra, ele só se interessou de verdade pela história por causa de sua namorada, que na época conseguiu sustentar um relacionamento a distância através de cartas, que continham frases como a icônica: “O essencial é invisível aos olhos”. Hoje, 25 anos depois, os namorados estão casados e têm dois filhos. A memória afetiva do livro de Antoine de Saint-Exupéry levou o cineasta americano a aceitar, depois de certa relutância, a direção da animação homônima que chega agora aos cinemas brasileiros.
“Todos os dias, nos últimos cinco anos e meio, eu tenho sido aterrorizado pelo momento em que as pessoas julgariam o meu trabalho”, diz o diretor em entrevista ao site de VEJA. “Inicialmente, eu disse não. Falei que era impossível. Não dá para alcançar o livro. Foi quando decidimos que o jeito seria prestar um tributo ao romance e homenagear a experiência emocional.”
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Na trama pensada por Osborne, uma garotinha vive sob a pressão de ser uma adulta bem-sucedida, o que a faz se esquecer do cotidiano de uma criança. Ela se muda para o lado de um velho aviador, que lhe apresenta a história de um misterioso príncipe, que vivia em outro planeta. Bem recebida no Festival de Cannes, onde foi exibido pela primeira vez no início do ano, a animação chegou ao país na última quinta-feira. Confira abaixo um vídeo com a entrevista com o diretor da produção:
https://www.youtube.com/watch?v=KpMhGC_Fn74