Estranhos em uma terra estranha
É o que se encontra em uma visita aos estúdios de Game of Thrones, a série que transformou a fantasia em um gênero para gente grande
Arya Stark, aprendiz de uma esotérica seita de assassinos, conversa com seu novo mestre, Jaqen H’ghar, em uma sala sombria, que abriga várias estátuas de deuses. Do lado de fora do estúdio, Bryan Cogman, coprodutor e roteirista, acompanha a cena por um monitor, com fones de ouvido. Quando a tomada chega ao fim, Cogman conta que, algumas horas mais cedo naquela fria e úmida manhã de outubro, ele havia feito um tour pelo cenário com a inglesa Maisie Williams e o alemão Tom Wlaschiha. Embora essas informações a rigor não fossem necessárias para a cena, ele explicou à dupla de atores qual deus era representado por cada estátua. Terá sido uma das mais estranhas preleções teológicas que já se ouviram: fora daquele estúdio em Belfast, em nenhum outro lugar do mundo aquelas deidades jamais foram cultuadas. São todas obra da imaginação de George R.R. Martin, cujos cinco romances do ciclo Crônicas de Gelo e Fogo são a base de Game of Thrones, a mais bem-sucedida série já produzida pelo canal pago HBO. VEJA visitou os estúdios em que o mundo ficcional de Martin é criado. A muralha que separa os conturbados Sete Reinos de Westeros do norte frio, selvagem e povoado de monstros; a sala do Trono de Ferro, disputado pelos protagonistas da série; o salão de audiências com colorido oriental em que Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) concede audiências a seus súditos – todos esses lugares de fantasia ganham corpo na Irlanda do Norte. Lá foi filmada a maior parte da quinta temporada, que estreia mundialmente no domingo, dia 12, com o desafio de manter a narrativa densa e tensa que caracterizou a série até aqui.
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