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Em SP, Quentin Tarantino reafirma que irá se aposentar

Em coletiva na cidade para divulgar 'Os Oito Odiados', cineasta conta que quer parar de filmar para ter orgulho de sua obra

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 nov 2015, 18h42

O diretor americano Quentin Tarantino voltou a falar sobre sua aposentadoria em coletiva de imprensa em São Paulo, nesta segunda-feira. O cineasta está na cidade com o ator Tim Roth para divulgar Os Oito Odiados, filme de faroeste que estreia em 7 de janeiro de 2016 no Brasil. “Vou parar de fazer filmes no décimo. Este é o oitavo”, disse, explicando que a decisão tem a ver com qualidade. “Há um nível de qualidade que quero manter. Não tenho esposa e filhos, tudo é sobre meus filmes. Não faço cinema para construir casas com piscinas – faço para me expressar artisticamente. E não poderei fazer para sempre. Não quero ouvir das pessoas: ‘Ele era bom há tantos anos, mas agora só escolhe um roteiro qualquer’. Tenho que ficar feliz com o resultado.”

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Tarantino também falou da sua antiga rixa com o cineasta Spike Lee, com quem se desentendeu pela primeira vez em 1997, após o lançamento de Jackie Brown. Questionado sobre a possibilidade de trabalhar com Lee, o americano foi curto e grosso. “Jamais”, disse ele. “Só tenho mais dois filmes para fazer, não vou gastá-los com Spike Lee.” O diretor falou sobre os atores que gostaria de dirigir: “Quero trabalhar com Johnny Depp um dia. Sou fã de Kate Winslet, também adoraria trabalhar com ela”.

O cineasta, porém, afirmou que seus filmes não são para qualquer ator. “Não é porque um ator é bom que ele dá conta dos meus diálogos. Ele tem que ter um certo aspecto de teatralidade. Por isso gosto de trabalhar com os mesmos atores, pois sei que eles dão conta. São os ‘Tarantino Superstar'”, disse, pouco modesto.

Tarantino relembrou o início de sua carreira, quando fez seu primeiro longa metragem, Cães de Aluguel (1992). “Eu era meio falido aos 20 anos. Sempre quis viajar, mas não dava”, disse ele, que fez uma grande turnê de lançamento com o filme e percebeu que seu trabalho fazia bastante sucesso no exterior. “Então não faço filmes para os Estados Unidos. Faço para o mundo. Essa é a rocha do meu sucesso. Construída naquele primeiro ano de turnê.” O diretor lembrou sua primeira visita ao Brasil para o Festival de Cinema de São Paulo com Cães de Aluguel. “Quis aprender português, mas era jovem”, disse, contando também que gosta dos filmes brasileiros Cidade de Deus (2002) e Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981).

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