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Em decadência, Avril Lavigne vive uma eterna – e chata – adolescência

A cantora canadense retorna ao Brasil para cinco shows do disco lançado em 2013

Por Rafael Costa
29 abr 2014, 16h45
Avril Lavigne é uma das artistas ocidentais mais populares entre os chineses
Avril Lavigne é uma das artistas ocidentais mais populares entre os chineses (VEJA)

Começar a carreira artística cedo e amadurecer dentro do showbiz já não é uma tarefa fácil. E a cantora Avril Lavigne tornou a situação ainda mais difícil. A poucos meses de completar 30 anos e com dois casamentos no currículo, a canadense chega ao Brasil para cinco shows, a partir desta terça-feira, com a mesma atitude rebelde adolescente que a fez explodir no cenário musical há doze anos – e aparentemente o mesmo guarda-roupa que usava no começo de carreira.

Vítima do que parece ser uma síndrome de Peter Pan, Avril não entendeu que o tempo de garota de atitude do colegial já passou, o que afeta sua reputação e as vendas. Seu último disco, Avril Lavigne, lançado em 2013, vendeu apenas 44.000 cópias na primeira semana – o pior lançamento de sua carreira, segundo a revista especializada Billboard. Desde 2008, com Girlfriend , ela não emplaca um música entre os 10 primeiros lugares do ranking Hot 100 da revista, que lista as canções mais executadas nas rádios.

Para piorar, Avril foi recentemente acusada de racismo pelo público japonês por causa do clipe de Hello Kitty, em que canta e dança em um cenário colorido, cheio de doces, com dançarinas nipônicas inexpressivas ao fundo. O clipe chegou a ser retirado do YouTube e, um dia depois, postado novamente. Após explicações da garota, que disse admirar a cultura oriental, chegou-se então à simples conclusão de que o vídeo não era racista – era de mau gosto.

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Temas do universo teen dominam o último disco da cantora. Além de Hello Kitty, é caso de Here’s to Never Growing Up (‘Um Brinde para Nunca Crescermos’, em tradução livre). No clipe, Avril canta em um baile de formatura enquanto canta versos como: “Eles dizem ‘cresça’ / Mas eles não nos conhecem / Nós não damos a mínima / E nunca iremos mudar'”. Em uma cena, ela pega seu skate e, com um figurino praticamente idêntico ao de seu clipe de estreia Complicated – camiseta branca e gravata preta -, anda pelos corredores do colégio enquanto é seguida pelo grupo de formandos. Nos comentário do clipe no YouTube, um internauta ironiza: “Para sempre jovem, Avril? Você é uma vampira?”.

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Turnê – Antes de chegar ao Brasil, Avril passou por uma longa turnê pela Ásia, entre janeiro e abril. O setlist das apresentações contou com uma média de dezessete canções, com atenção para as músicas do novo disco – mas sem esquecer os grandes sucessos da carreira, como Sk8er Boy, Complicated, Girfriend e What the Hell. Ela se apresenta em São Paulo nesta terça e amanhã, 30 de abril. O Rio de Janeiro recebe a cantora no dia 1ºde maio; Belo Horizonte no dia 3; e Brasília em 4 de maio.

Síndrome de Peter Pan

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A alguns meses de completar 30 anos, Avril Lavigne ainda tem certeza de que é uma adolescente – ou tem saudade dos tempos de colégio – e ainda posa de skatista rebelde. No clipe de Here’s to Never Growing Up (‘Um Brinde para Nunca Crescermos’, em tradução livre), ela se apresenta em um baile de formatura e canta: “Eles dizem apenas ‘cresça / Mas eles não nos conhecem / Nós não damos a mínima / E nós nunca iremos mudar’”. Já na canção 17, após contar a história de um antigo namorado, que segundo a letra, a ensinou a quebrar as regras, Avril se perde no tempo: “Mas ei, isso não faz muito tempo / E quando eu ouço essa canção / Ela me leva de volta ao passado”.

Atitude cansativa

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Além de achar que tem 17 anos, Avril Lavigne faz questão de tentar vender atitude de rebelde. No clipe de Rock N’ Roll, a canadense exagera nas poses e caretas e tenta explicar o que é o espírito de roqueiro. O mais curioso está na letra, que diz: “Eu não ligo para a minha maquiagem / Eu prefiro quando meus jeans estão rasgados”, enquanto a cantora aparece completamente maquiada e vestindo um uniforme militar.

Contraditória

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Ao mesmo tempo em que faz questão de mostrar que ainda tem o espírito de 17 anos e tenta se mostrar roqueira e rebelde, Avril aparece completamente séria, com cara de adulta e sem maquiagens e figurinos extravagantes em Let Me Go. Atuando ao lado de seu marido, o vocalista do Nickelback, Chad Kroeger, Avril canta uma balada romântica em um cenário obscuro, dentro de uma mansão abandonada. O que deveria ser um acerto, já que o clipe está mais próximo de sua real idade, não chega a ser lá grande coisa. O estilo meloso do Nickelback, considerado a vergonha do rock, só piora a falta de desenvoltura da cantora, que tenta parecer Amy Lee, vocalista do grupo Evanescence. 

Acusada de racismo

Recentemente, Avril Lavigne foi infeliz, inclusive, em demonstrar seu amor pela cultura japonesa. No bizarro clipe de Hello Kitty, ela canta alguns versos em japonês, anda pelas ruas de Tóquio, come sushi, bebe saquê e faz uma coreografia com dançarinas nipônicas. O clipe, no entanto, gerou grande controvérsia assim que foi divulgado e a canadense foi acusada de racismo ao estereotipar a cultura japonesa. Nas redes sociais, ela ironizou as acusações e disse amar as tradições do país.

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