Se tem uma coisa de que Graciele Lacerda não pode se queixar na relação com o sertanejo Zezé Di Camargo, é de tédio. Menos de um dia depois de curtir a noite em um bordel de luxo da zona sul de São Paulo, onde o sertanejo deixou nada menos que 5.000 reais, a jornalista ganhou um poema homérico – no sentido de enorme mesmo – do amado no Instagram. Uma ode exposta a todos os seguidores – e são 246.000 – do sertanejo. E já se contam 5.700 curtidas no textão.
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O cantor, que é também compositor, se mostra inspirado. De ambições épicas, o poema parece transitar entre o litoral e a roça, o bordel e a enfermaria, a escola e a ourivesaria. “Letal como o veneno da serpente / Voraz como a fome de um leão / Incerto como o sucesso da semente / Latente como o pulsar de um coração”, abre o homem do campo Zezé, que em seguida dá a sua contribuição para o debate das questões de gênero. “A volúpia dessas mãos que me acariciam / Os olhos turvos na emoção de te olhar / Ser homem é saber também como chorar”, decide o sertanejo.
Antes de dizer que, sem ela, ele é “uma joia de mentira”, “um anel sem diamante”, o cantor ainda afirma, enlevado pelo mais quente dos sentimentos (e por um saber gramatical que transcende paixões): “Sobrevivo dessa espera tão constante / Não se escreve uma frase sem consoantes”.
Bem se vê que a rima é arrimo do poeta. Com perdão pela aliteração.
Confira abaixo a ode completa de Zezé a Graciele:
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“Letal como o veneno da serpente
Voraz como a fome de um leão
Incerto como o sucesso da semente
Latente como o pulsar de um coração
Essencial como um abraço que me abriga
Dependente desse sorriso q me guia
Fundamental você na minha poesia
A volúpia dessas mãos que me
Acariciam
Os olhos turvos na emoção de te olhar
Ser homem é saber também como chorar
Renuncio a muitas coisas que desejo
E brigo fácil pra ter o toque do seu beijo
Sobrevivo dessa espera tão constante
Não se escreve uma frase sem consoantes
Sem você sou uma joia de mentira
Não tem valor um anel sem diamante
Eu sou assim, amo com intensidade
E você é a cura da minha eterna saudade
Refúgio e correção do que faço de errado
Final que abrigo o meu maior pecado
A água que mata sempre a minha sede
Eu, você, a lua, o mar e uma rede
by Zeze Di Camargo #euevocê”
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