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Deborah Secco e a nudez de Bruna Surfistinha

A atriz fez cenas de sexo quase todos os dias durante as nove semanas e meia de filmagem. E diz que sua maior dificuldade foram as cenas com drogas

Por André Gomes
21 fev 2011, 20h26

“Quando me perguntam se me acho sexy, digo que não, que não é a minha principal característica. Eu me acho sensual como toda mulher, nem mais, nem menos que as outras. Mas agora, com duas personagens com este componente óbvio, quero mais é que as pessoas acreditem que sou supersensual mesmo”, diz Deborah, que está no ar na TV como a Natalie Lamour de Insensato Coração

Deborah Secco tirou a roupa quase diariamente durante as filmagens de Bruna Surfistinha, que estreia em mais de 350 salas nesta sexta-feira. Mas tratou de se cercar de discrição no set. “Em todas as cenas de sexo o número de pessoas no set de filmagem era reduzido consideravelmente. Queira ou não, ficar sem roupa é difícil, um obstáculo, apesar de nunca ter sido um problema para a Deborah. Havia cenas de sexo para rodar todos os dias, cada uma com sua importância narrativa”, diz o diretor do filme, Marcus Baldini; Ele faz sua estreia à frente de longas-metragens com a história da garota de programa que ganhou fama ao relatar, num blog na internet e em livro, suas aventuras sexuais com homens, mulheres e casais.

Na tarde desta segunda-feira, Baldini e Deborah receberam a imprensa num hotel na zona Sul do Rio com o entusiasmo de principiantes. “Apesar de eu já ter feito outros filmes dos quais me orgulho, considero esta a minha estreia em cinema”, diz Deborah, 31 anos, 15 novelas no currículo e 23 anos de carreira. “A Bruna fez com que eu me redescobrisse como atriz e me disponibilizasse para novos caminhos. A Deborah que o público verá no filme talvez seja uma que ninguém nunca viu”, arrisca a atriz.

Deborah Secco e elenco, em cena de 'Bruna Surfistinha'
Deborah Secco e elenco, em cena de ‘Bruna Surfistinha’ (VEJA)
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Questionada sobre o fato de a personagem ser mais uma a somar-se à sua galeria de papéis com alta voltagem sexual, ela recorre a um colega de profissão americano para mostrar despreocupação com o fato: “Já fiz freira, menino de rua, menina que jogava futebol, mas o público só se lembra das personagens sensuais. Elas acabam sendo as mais marcantes. Outro dia li uma entrevista com o Al Pacino que me tranquilizou. Ele disse que passou uma vida sendo chamado para viver chefes da máfia e outros tipos nesta linha. E que por mais que tenha feito inúmeros papéis, o público, no fim das contas, acaba se lembrando mesmo de personagens como o de O Poderoso Chefão“, observa. “A própria Dira Paes, atriz incrível de cinema, depois que fez a Norminha (da novela Caminho das Índias), diz que até hoje é abordada por pessoas que citam frases da personagem, como ‘Vem tomar leitinho, Abel’ e por aí vai”, continua.

Apesar de se dizer muito diferente dos tipos sexies que interpreta, Deborah acredita que o momento é de capitalizar em cima do imaginário do público a seu respeito: “Quando me perguntam se me acho sexy, digo que não, que não é a minha principal característica. Eu me acho sensual como toda mulher, nem mais, nem menos que as outras. Mas agora, com duas personagens com este componente óbvio, quero mais é que as pessoas acreditem que sou supersensual mesmo”, relaxa a atriz, no ar na TV como a Natalie Lamour de Insensato Coração.

Preparação física – Para viver Raquel, a garota de classe média paulistana que resolve se prostituir para ganhar a vida, adota o nome de Bruna Surfistinha e se torna best-seller com o livro de confidências da profissão ‘O Doce Veneno do Escorpião’, Deborah teve que engordar oito quilos. Ficou mais próxima dos padrões de beleza exigidos pelo público masculino. “Agora estou com dois quilos a menos que na época do filme, em 2009. Ganhei seis quilos de massa magra para viver a Natalie”, revela uma Deborah magra, sarada e comportada num vestido preto pouco acima do joelho e um penteado sério, com o longo cabelo louro meticulosamente preso, imprimindo tom sóbrio ao look escolhido para a tarde de entrevistas, seguida pela pré-estreia do filme em solo carioca, no Cine Odeon.

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As filmagens de ‘Bruna Surfistinha’ tomaram nove semanas e meia da agenda da atriz em 2009 e, embora ela considere a personagem uma divisora de águas em sua carreira, foram extenuantes. “Rodamos o filme fora da ordem cronológica, nas mais diferentes fases da trajetória dela e, para cada cena em fase diferenciada, só a caracterização me tomava duas horas. Havia dias em que eu deixava o set completamente estafada. Mas tenho muito orgulho do resultado. Minha expectativa agora é que o público goste tanto quanto eu”. O filme exibe a personagem em quatro fases: como Raquel, na casa dos pais; na inserção ao mundo da prostituição; a transformação de Raquel em Bruna Surfistinha e, por fim, o declínio, a partir do uso de drogas.” Esta foi, aliás, uma barreira que teve de ser vencida por Deborah, que diz nunca ter usado drogas ou bebido, e preocupou-se com uma cena de overdose. “Achava que me faltaria naturalidade para tais cenas. Pedi explicações para um médico, para entender os efeitos do uso da cocaína”.

“Com meu envolvimento com o projeto do filme, percebi que as motivações para as meninas se tornarem garotas de programas são distintas: por prazer, por necessidade, algumas até por um vazio existencial. O que ficou claro para mim é que não me cabe julgar a situação delas”, diz.

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