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Comédia ‘Superpai’ aposta em tom como o da ‘Porta dos Fundos’

Produção, que traz Dani Calabresa, Danton Mello e Antônio Tabet no elenco, se esforça para sair dos padrões do gênero no Brasil

Por Daniel Dieb
27 fev 2015, 08h36

Fazer comédia é um negócio e tanto no Brasil. As produções do estilo dominam o cinema nacional, fazem sucesso na TV e arrastam espectadores em teatros. Na internet não é diferente. Caso da popularidade do Porta dos Fundos, canal do YouTube que já soma 1,4 bilhão de visualizações. O sarau de tantos títulos cômicos ganha nesta quinta-feira um novo representante, Superpai, trama protagonizada por Danton Mello que tenta, à sua maneira, se diferenciar do cenário.

Com um humor mais apimentado e bem próximo do estilo da comédia de situação e de improviso, parecido com as famosas esquetes de internet, a trama dirigida por Pedro Amorim (Mato sem Cachorro) se equilibra na linha que divide as comédias “para adultos” – com palavrões e piadas escrachadas sobre sexo e drogas – e “para a família” – com texto mais leve, estilo bastante explorado no Brasil. No resultado final, ela pende muito mais para a primeira opção, e se perde quando flerta com a segunda.

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A história se passa durante uma noite em São Paulo, quando Diogo (Mello) deixa seu filho em uma creche para ir à festa de reunião de colégio, vinte anos depois de formado. Infantil e com um casamento à beira do abismo, Diogo mais irrita do que diverte com sua malandragem atrapalhada. Ele sai da balada e busca o filho, com o intuito de continuar na noitada com a criança no carro. Para carimbar o título de pior pai do ano, ele descobre que pegou o “filho” errado. A partir daí, uma série de situações nonsense guia o roteiro.

Ao lado do protagonista estão os amigos Júlia, César e Walter, interpretados por Dani Calabresa, Antônio Tabet e Thogun Teixeira, respectivamente. Ao trio cabe a missão de salvar Mello e dar ao filme o humor que todos esperavam desde o começo. Afinados, os comediantes conversam com naturalidade e se mostram confortáveis ao fazer piadas forçadas, mas que acabam arrancando risos sinceros da plateia.

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O flerte com o humor já conhecido pelo público da internet, e que em alguns momentos lembra as sitcom americanas, é uma aposta interessante para o filão, que já fez produções parecidas protagonizadas por Fábio Porchat. A experiência é válida, especialmente para fugir do feijão com arroz entregue por comédias femininas e pelos pastelões de Leandro Hassum.

“O César é um tipo de personagem que poderia estar em um vídeo do Porta dos Fundos. A Júlia seria também. E o humor da Dani Calabresa é muito natural, característico dela. Então, foi algo bem espontâneo”, disse Tabet em entrevista ao site de VEJA. A influência dos atores na produção não ficou limitada apenas ao trabalho de atuação. Durante as seis semanas de gravação – a maioria noturna – eles puderam dar seus pitacos nos diálogos: “É um processo muito colaborativo, e o que deixou todo mundo feliz de fazer o filme foi o fato de poder dar ideias. Sou um cara muito aberto nesse sentido”, afirmou o diretor, Pedro Amorim.

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Com um bom potencial para divertir o público, Superpai é um passo interessante dentro do cinema de comédia brasileiro, porém, faltou ao roteiro um melhor ritmo de acontecimentos e a decisão por sair totalmente do armário e se assumir como uma comédia para adultos. O resultado talvez fosse significativamente melhor.

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