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‘Blade Runner’: 30 anos depois do clássico que nunca foi um sucesso

Fracasso na estreia, filme completa três décadas como clássico cult

Por Da Redação
24 jun 2012, 06h05

O cultuado filme Blade Runner: O Caçador de Androides completa, nesta segunda-feira, 30 anos sem seres replicantes e sem as colônias espaciais antecipadas na trama futurista deste reconhecido longa-metragem, uma das obras-primas da ficção científica. Dirigido por Ridley Scott e baseado no livro de Philip K. Dick, O Caçador de Androides, o filme estreou nos Estados Unidos no dia 25 de junho de 1982, mesmo ano em que chegaram às telonas E.T. – O Extraterrestre, Jornada nas Estrelas 2: A Ira de Khan e Tron: Uma Odisseia Eletrônica, todas com maior sucesso comercial que Blade Runner. “O filme passou de fiasco a clássico sem nunca ter sido um sucesso”, declarou o diretor sobre o impacto da produção.

Protagonizado por Harrison Ford, Sean Young, Edward James Olms e Daryl Hannah, entre outros, o longa segue os passos de Ford no papel do detetive Rick Deckard ou Blade Runner, que tinha de caçar robôs com aspecto humano, chamados de replicantes, que se rebelaram após tomarem consciência de si mesmos. Os replicantes faziam parte de uma colônia espacial, mas retornaram à Terra com a intenção de encontrar seu criador e, após serem tratados como delinquentes, demonstram ter mais humanidade que seus fabricantes.

A história se passa na cidade de Los Angeles do ano 2019, uma data que em 1982 soava como ficção científica. No entanto, nos dias atuais, essa data fica um pouco próxima para abrigar esse sombrio e chuvoso futuro que transforma a quase sempre ensolarada cidade californiana. A versão original, a mais obscura de todas, não funcionou bem com o público nas exibições prévias realizados em várias cidades dos EUA e, por isso, Scott aceitou modificar o filme para dar um sabor mais vitalista a trama. A rodagem do filme foi complexa, marcada por tensões, e sua estreia foi pouco promissora.

Para comemorar as três décadas de Blade Runner em outubro, a Warner Bros. lançará uma edição para colecionador que será apresentada em formato Blu-ray e também contará com as outras versões em DVD. No total, ao longo desses anos, Scott montou cinco versões diferentes do longa-metragem: a inicial, a versão oficial de 1982 para os EUA, a versão internacional desse mesmo ano, a chamada “do diretor” em 1992, que teve seu final feliz eliminado, e a conhecida como “montagem final”, lançada em comemoração do seu 25º aniversário de lançamento. O primeiro Blade Runner insinuava que o personagem de Ford também era um replicante, algo que o diretor chegou a confirmar no ano 2000.

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Blade Runner aparece como um exemplo de filme à frente de seu tempo, sendo um herdeiro de títulos como Metropolis (1926), de Fritz Lang, e gerando influência em filmes como Matrix, Minority Report: A Nova Lei e Prometheus, entre outros. O filme de Scott se insere dentro da tendência artística do chamado “ciberpunk”, movimento muito popular nos anos 80, e sua influência ultrapassou os limites da tela ao ponto de o filme virar tema de análise, e os replicantes serem considerados uma referência para os especialistas em robótica. Outro legado deixado pelo filme foi sua inconfundível trilha sonora, composta pelo grego Vangelis. Assim como o filme, a trilha não teve muito êxito logo de imediato e precisou esperar 12 anos para ser comercializada em disco.

Blade Runner nasceu com ideia de ser uma saga, embora o projeto nunca tenha tomado forma após sua pobre estreia, algo que a produtora Alcon Entertainment se propôs a por em prática nos próximos anos em colaboração com Ridley Scott. Segundo o diretor, a sequência do filme não seria centrada no personagem de Harrison Ford.

(Com agência EFE)

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