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USP vai vender imóveis para arrecadar R$ 50 milhões

Negociação proposta pela reitoria envolve terrenos e salas comerciais na avenida Paulista, rua da Consolação, Santo Amaro e Butantã

Por Da Redação
25 set 2014, 10h49

Em mais uma tentativa de aliviar a crise financeira que enfrenta, a Universidade de São Paulo (USP) estuda a possibilidade de colocar imóveis à venda com a estimativa de arrecadar cerca de 50 milhões de reais. A negociação proposta pelo reitor Marco Antonio Zago envolve terrenos e salas comerciais, adquiridos na gestão anterior e considerados desnecessários pela atual administração. O valor, porém, não cobre o déficit da USP, que gasta 90 milhões de reais mensais além do que recebe do Estado. O ex-reitor João Grandino Rodas acusa a medida de Zago de �desmonte�.

A medida ainda precisa do aval do Conselho Universitário, órgão máximo da instituição, e será votada nos próximos meses. Para conter a crise, Zago já sugeriu um plano de demissão voluntária de servidores, aprovado no conselho, e a transferência do Hospital Universitário e do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, de Bauru, ao Estado. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), contudo, disse que não assume as unidades.

A compra dos imóveis, feita em 2011 por Rodas, foi contestada dentro e fora da USP. Segundo o ex-reitor, a ideia era transferir para locais estratégicos parte dos órgãos administrativos, concentrados no campus Butantã, na zona oeste. As críticas eram de desperdício e desvio de função no uso de verbas.

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O pacote englobará um terreno de quase 2,4 mil metros quadrados na Rua da Consolação, no centro da capital, e um bloco de escritórios no Centro Empresarial de São Paulo (Cenesp), em Santo Amaro, zona Sul. O valor dos dois imóveis juntos é estimado em cerca de 52 milhões de reais. A reitoria avalia internamente se vende um andar de um prédio na Avenida Paulista, também no centro e adquirido em 2011, de aproximadamente 9,5 milhões de reais.

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Entre os imóveis comprados pela gestão Rodas, o mais polêmico é o terreno da Consolação. A previsão era construir um prédio de 16 andares até 2013, que abrigaria a procuradoria jurídica e outros órgãos, mas a obra atrasou. Neste ano, Zago parou o projeto.

As salas do Cenesp abrigaram 125 funcionários da administração central, mas estão desocupadas atualmente. O negócio também envolve 28 vagas de garagem. Para o imóvel na Paulista, em vez de vendê-lo, uma alternativa seria usar as salas para abrigar reuniões ou escritórios externos. A USP ainda tem terreno ao lado do campus Butantã, perto do Parque Tecnológico do Jaguaré, que não deve ser vendido.

A universidade possui cerca de 200 imóveis de heranças sem testamento, segundo a última contagem citada em fevereiro no Conselho Universitário, mas a verba obtida com esse patrimônio só pode ser usada em assistência estudantil. No caso dos outros imóveis, os recursos têm uso livre. A assessoria de imprensa da USP informou que só se manifestará quando a proposta estiver fechada.

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(Com Estadão Conteúdo)

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