Unicamp cai 9 posições em ranking de ‘universidades jovens’
Instituição paulista aparece no 37º lugar em lista que reúne entidades com menos de 50 anos, aponta a publicação britânica 'THE'
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) caiu nove posições no principal ranking internacional de universidades com menos de 50 anos, divulgado nesta quarta-feira pela publicação britânica Times Higher Education (THE), responsável pelo mais importante levantamento do gênero no mundo. A Unicamp aparece na 37º posição em uma lista de cem instituições. Assim como no ano passado, quando figurava na 28ª colocação, a universidade paulista é a única brasileira citada pela publicação. Vale lembrar que o Brasil também sofreu um revés no ranking principal da THE, divulgado no fim de 2013, com a queda da USP.
Leia também:
USP cai em ranking e Brasil deixa elite universitária global
Unicamp é única brasileira no mais respeitado ranking de ‘universidades jovens’
Em entrevista ao site de VEJA, o editor da THE, Phil Baty, afirmou que a queda deve servir como alerta ao Brasil. “Não acredito que a Unicamp esteja perdendo qualidade. O problema é que ela está ficando para trás de outras instituições jovens que possuem programas mais eficientes de internacionalização”, diz. “A estrutura que rege as universidades brasileiras dificulta esse processo. As instituições deveriam ser mais independentes do poder público para tomar decisões rápidas na hora de estabelecer parcerias com outras universidades.”
Para Baty, esse fator também explica o fato de a Universidade Estadual Paulista (Unesp) permanecer fora do ranking, após figurar na listagem em 2012, quando apareceu na 99ª posição. “O Brasil produz pesquisas de excelente qualidade. No entanto, as universidades não conseguem estabelecer uma rede de colaboração internacional eficiente. Não há muita disseminação das pesquisas brasileiras na comunidade acadêmica global. Para melhorar isso, é preciso ampliar a rede de relacionamento”, diz.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, da Coreia do Sul, está no topo na lista. Entre as cinco melhores, quatro são asiáticas. “Notamos a consolidação da qualidade das instituições que aparecem na lista, que teve poucas mudanças em relação ao último ano. Apenas onze instituições entraram na seleção pela primeira vez”, afirma Baty.
O ranking leva em consideração a reputação das universidades entre os empresários e as indústrias, o número de citações em revistas internacionais, a quantidade de docentes com formação em nível de doutorado ou superior, o processo de internacionalização e a qualidade das pesquisas acadêmicas.
Confira o ranking completo na página da “THE”