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Quase metade dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos de idade está fora do ensino médio

Apesar de revelarem resultados muito abaixo do esperado, números do IBGE mostram avanço médio de 40% entre 2001 e 2011

Por Nathalia Goulart
28 nov 2012, 09h00

O ensino médio segue sendo o gargalo da educação brasileira, aponta estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a publicação, apenas 51,8% dos jovens entre 15 e 17 anos estão matriculados nessa etapa da educação básica. Isso significa que 48,2% das pessoas daquela faixa etária ainda cursam o ensino fundamental ou já abandonaram os estudos.

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Apesar de revelarem resultados muito abaixo do esperado, os números relativos a 2011 mostram avanço médio de 40% em relação aos dados de 2001. Há uma década, apenas 37,3% dos jovens entre 15 e 17 anos estavam matriculados no ensino médio. No Nordeste, esse número era de 20,9% naquele ano. Na última medição, saltou para 43%.

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A defasagem escolar no ensino médio varia de acordo com a região do país e situação socioeconômica do jovem. Na região Norte, por exemplo, apenas 41,3% dos alunos têm idade apropriada para esse ciclo. Já no Sudeste, 59,8% dos jovens entre 15 e 17 anos cursam a última etapa da educação básica. Entre os 20% mais pobres, 36,8% dos jovens cursam os anos finais da educação básica na idade certa, enquanto entre os 20% mais ricos, esse número salta para 74,5%. Também entre os brancos e pardos/pretos, a diferença é substancial: 60% ante 45,3%.

Em consequência do atraso escolar, uma parcela significativa dos jovens entre 18 e 24 anos também não está matriculada na etapa da educação esperada, a universidade. De acordo com dados do IBGE, 8% deles sequer terminaram o ensino fundamental e 34,2% ainda estão no ensino médio. Mais: 32,2% abandoram a escola antes de terminar o ensino médio. Essa taxa é três vezes maior do que a média registrada entre os países da OCDE. De acordo com a entidade que reúne as nações mais desenvolvidas do mundo, esses jovens compõem a parcela mais suscetível à exclusão social.

Os dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira apontam ainda um aumento da média de anos de estudo dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos. Entre 2001 e 2011, houve incremento de 1,7 ano nessa faixa etária, passando de 7,9 para 9,6 anos de estudo. Em média, atualmente, o jovem entre 18 e 24 anos consegue completar o ensino fundamental, mas não termina o ensino médio.

Assim como os outros indicadores, esse número varia de acordo com a renda da população. Entre os 20% mais pobres, a média de anos é de 7,7 anos, insuficiente para a conclusão do ensino fundamental. Já entre os 20% mais ricos, a taxa atinge 11,7 anos, suficiente para a conclusão do ensino médio e o ingresso na universidade.

Todos os dados divulgados nesta quarta-feira fazem parte do relatório Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, estudo que mescla os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011 com dados fornecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

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