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Prestes a completar 1 mês, greve atinge 90% das federais

Professores exigem reestruturação da carreira e melhorias nos campi. Governo promete apresentar proposta na semana que vem

Por Nathalia Goulart
14 jun 2012, 12h24

No próximo domingo, a greve dos professores das instituições federais de ensino superior (universidades e intitutos) federais completa um mês. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, não há previsão para o retorno ao trabalho. “Só voltamos às atividades quando o governo apresentar uma proposta concreta para as reivindicações. Até agora, isso não aconteceu”, diz Marina.

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Os professores reivindicam um plano de reestruturação da carreira docente, que teria sido prometido pelo governo federal para março deste ano. Isso inclui o estabelecimento de 13 níveis de remuneração (atualmente são 17), variação salarial de 5% entre eles e piso para a carreira de 2.329,35 reais referente a 20 horas semanais de trabalho (atualmente, o valor é de 1.597,92 reais).

Os professores alegam ainda que as universidades federais têm vivido um processo de “precarização”, consequência da política de “expansão desordenada” iniciada pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) – criado pelo governo federal em 2007. “Precisamos de boas condições para exercer nosso trabalho de ensino e pesquisa. Estamos preparando um dossiê que relata a dramaticidade da nossa situação e vamos levá-lo ao ministro da Educação. Essa não é uma pauta menor para o sindicato”, afirma a presidente do Andes.

Na tarde da terça-feira, representantes do sindicato se reuniram com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, que pediu uma trégua de vinte dias aos docentes para que seja apresentado um plano efetivo de reestruturação da carreira. A proposta foi recusada. “Desde agosto de 2010, tentamos uma negociação e nunca tivemos o retorno esperado. Não temos razão para acreditar que uma trégua resolveria a situação agora”, diz a presidente do Andes. Uma nova reunião entre sindicalistas e governo federal está agendada para a próxima terça-feira. Mendonça promete apresentar a proposta detalhada. A expectativa do secretário é que tudo seja resolvido até o início de julho.

Após a reunião da terça-feira, o MEC afirmou que o governo federal pretende, “na estruturação salarial da carreira dos professores das instituições federais de ensino superior, tomar como referência de remuneração a carreira dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”. Antes, o ministro Aloizio Mercadante havia afirmado que considera “precipitada e sem razão de ser” a paralisação. O governo alega que já está em vigor a medida provisória que tornou retroativo a março o reajuste de 4% aos docentes e que estava acordado que o novo plano de carreira entraria em vigor em 2013.

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