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PISA vai medir noções de inglês e tecnologia dos estudantes ao redor do mundo

Novo formato de exame entrará em vigor em 2018. Na edição deste ano, a prova desenvolvida e coordenada pela OCDE medirá apenas nível de leitura, matemática e ciências

Por Bianca Bibiano
30 jan 2015, 14h16

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) vai mudar o formato do PISA (Programme for International Student Assessment, na sigla em inglês), considerada a principal avaliação do ensino básico do mundo. O teste é aplicado a cada três anos nos países membros da OCDE e economias convidadas. A mudança prevista para 2018 é a inclusão de mais um eixo de avaliação, denominado ‘competências globais’, que incluirá noções de língua inglesa e vida digital. A informação foi relevada com exclusividade a VEJA.com por John Jong, porta-voz da empresa Pearson, que ganhou em 2014 o direito de elaborar o próximo teste. A última edição do exame foi feita em 2012 e, este ano, mais uma edição será realizada.

Segundo Jong, a inclusão de conhecimentos de língua estrangeira e computação na prova é uma resposta às demandas impostas pela globalização da educação e do mercado de trabalho. “Os jovens estão viajando cada vez mais para fazer ensino superior ou trabalhar no exterior. Essa realidade também se aplica aos brasileiros, por isso vamos avaliar o quanto eles estão preparados para essa experiência.”

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No momento, a Pearson está trabalhando com grupos de especialistas para analisar os currículos escolares de todos os países participantes, inclusive do Brasil. “Precisamos garantir que os parâmetros avaliados estarão presentes em todas as escolas do mundo”, explica Jong. Além de consultar pessoas ligadas à educação, a Pearson também fará contato com empregadores para consultar quais competências são desejadas para quem vai ingressar no mercado de trabalho. “O objetivo do PISA é descobrir o que os estudantes vivenciam no ensino médio antes de ingressar no mercado de trabalho.”

Este ano, a avaliação será aplicada em cerca de 70 localidades, mas vai avaliar apenas o nível de conhecimento dos estudantes em leitura, matemática e ciências. Uma novidade é que em alguns países o teste será feito pelo computador e não mais em papel, como vinha sendo feito até então. “A maior parte das empresas usa computadores. Eles têm um grande papel na vida das pessoas e os estudantes precisam estar preparados para utilizá-los.”

O Brasil também participará da avaliação deste ano, que deve ser realizada no segundo semestre. Apenas alunos de escolas públicas com idade entre 15 e 16 anos respondem à prova. A seleção dos estudantes é feita por amostragem. Em 2012, o exame envolveu 510.000 jovens de 65 países ou regiões econômicas delimitadas (caso de Xangai, por exemplo). No Brasil, foram 19.877 estudantes, divididos em 837 escolas.

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De acordo com Jong, o objetivo da prova não é ranquear os países a partir dos conhecimentos dos estudantes, mas sim fornecer informações que possam contribuir com a educação nos países. “O PISA mede as habilidades dos estudantes em usar determinados conhecimentos que eles deveriam ter aprendido na escola. Se os países não desenvolveram esses conteúdos ainda, o teste serve para que eles revejam seus conteúdos curriculares.”

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