MEC pode ampliar prazo para renovação do Fies

Segundo ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, todos os contratos devem ser renovados. Deputado Mendonça Filho (DEM/PE) afirma, porém, que Orçamento não é suficiente para atender todos

Por Da Redação
25 mar 2015, 18h11

Ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa discursa na comissão geral sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Ministério da Educação - 25/03/2015 (Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados/Câmara dos Deputados)

Durante uma audiência sobre o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) realizada no Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, o ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, afirmou que, se for necessário, o governo pode prorrogar o prazo de renovação dos contratos do Fies. Segundo Costa, 1,2 milhão de um total de 1,9 milhão de contratos foram renovados até o momento. A princípio, o prazo estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) termina no dia 30 de abril.

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De acordo com o MEC, além dos contratos vigentes, o Fies recebeu cerca de 200.000 novos alunos este ano.

O deputado federal Mendonça Filho (DEM/PE), que estava presente na comissão da Câmara, não acredita que o governo consiga cumprir os 2,1 milhões de contratos (1,9 milhão vigentes e 200.000 novos). “O Orçamento de 12,5 bilhões de reais é suficiente para atender apenas 1,5 milhão de alunos. Se o governo insistir em cumprir os 2,1 milhões previstos vai provocar um rombo de 5,5 bilhões de reais”, diz Mendonça.

“É um programa insustentável, tanto é que sofreu paralisação. E toda a cadeia vai pagar a conta: as escolas, os 400.000 professores da rede privada e os alunos”.

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Em dezembro do ano passado, o MEC anunciou mudanças nas regras do Fies e suspendeu o sistema de cadastro e renovação de contratos do programa. Desde que voltou a funcionar, estudantes de todo o país passaram a relatar dificuldades para inscrição no programa.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff reconheceu que o governo federal falhou no programa do Ministério da Educação. “Deixamos as matrículas nas mãos do setor privado. Não foi culpa do setor privado, foi nossa. Voltamos atrás e estamos corrigindo o problema”, afirmou a presidente.

(Da redação)