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MEC admite que estudantes tiveram acesso a questões do Enem 2011 antes da prova

Ministério pede à Polícia Federal que investigue como estudantes de Fortaleza tiveram acesso a questões antes da realização da avaliação federal

Por Nathalia Goulart e Renata Honorato
26 out 2011, 11h44

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério da Educação admitiu, nesta quarta-feira, que estudantes do Colégio Christus, em Fortaleza, tiveram acesso a questões similares às do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 antes da realização da prova federal, no último fim de semana. “Pelas informações que apuramos pelas redes sociais, os alunos tiveram acessam a nove questões da prova”, disse o MEC. “Estudamos a possibilidade de cancelar a prova dos alunos desse colégio. Caso isso ocorra, eles farão a prova no final do mês. Se ficar apurado envolvimento da escola (no vazamento das questões), a instituição será processada.”

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O MEC informou ainda que já acionou a Polícia Federal na manhã desta quarta-feira para investigar o assunto. O objetivo é apurar, por exemplo, como as questões da prova foram parar nas redes sociais.

Simultaneamente, o procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho vai solicitar ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionaios (Inep), autarquia do MEC responsável pelo Enem, a anulação de 14 questões do exame. No entendimento dele, esse é o número de questões que chegou às mãos de estudantes antes da realização da prova.

“As imagens são provas irrefutáveis de que houve desequilíbrio no exame, favorecendo uns poucos e prejudicando milhões”, diz o procurador. “No momento, a preocupação não é descobrir como as questões foram parar no simulado da escola, mas, sim, evitar que o exame seja desigual a todos os seus participantes.”

De acordo com o procurador, caso o Inep se recuse a anular as questões, o Ministério Público Federal no Ceará dará início a um processo judicial exigindo a anulação das perguntas e até a suspensão do Enem 2011. “Sempre que foram identificados problemas na aplicação do Enem, o Inep e o MEC relativizam o problema e jogam a poeira para debaixo do tapete. Esperamos que, desta vez, a atitude seja diferente”, diz.

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Costa Filho é figura conhecida nas batalhas judiciais envolvendo o Enem. Em 2010, ele conseguiu que o exame fosse suspenso temporariamente. Neste ano, tão logo o edital do exame foi publicado, o procurador ajuizou uma ação civil pública solicitando que os estudantes tivessem acesso à correção da prova de redação e pudessem contestar as notas atribuídas pelo Inep.

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