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Gigante da fusão de Kroton e Anhanguera vai mirar Norte e Nordeste do país

Regiões têm baixas taxas de alunos no ensino superior e apresentam grande potencial de crescimento. União das empresas depende de aprovação do Cade

Por Lecticia Maggi
22 abr 2013, 18h26

A nova gigante do setor de ensino superior do Brasil – que deverá nascer da fusão das redes de ensino privado Kroton Educacional e Anhanguera Educacional -, pretende expandir sua atuação principalmente no Norte e Nordeste do país. A declaração foi dada nesta segunda-feira por Rodrigo Galindo, presidente da Kroton e que assumirá a função de CEO da companhia recém-anunciada. A associação das redes ainda precisa de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Caso o órgão dê sinal verde à operação, será criada a maior empresa de ensino superior com capital aberto do mundo, e valor de mercado estimado em 12 bilhões de reais.

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Segundo dados do Censo da Educação Superior 2011, as regiões Norte e Nordeste têm taxas de 11,9% de penetração do ensino superior. Ou seja, pessoas entre 18 e 25 anos que já concluíram ou ainda estão cursando o ensino superior. O porcentual representa menos da metade do registrado no Centro-Oeste, por exemplo, que é de 23,9%. Sul e Sudeste têm, respectivamente, taxas de 22,1% e 20,1%. “Sem dúvida, Norte e Nordeste apresentam um potencial maior de crescimento para a companhia”, afirmou Galindo.

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Hoje, a Anhanguera têm atuação forte nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Kroton, por sua vez, destaca-se em Mato Grosso, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Paraná. Juntas, as empresas estão presentes em 835 cidades, englobando cerca de um milhão de alunos. No total, são 123 campi de ensino presencial e 647 polos de ensino a distância.

Segundo Galindo, o chamado overlap (sobreposição de atividades) das empresas é pequeno. De um total de 80 cidades em que as instituições atuam no ensino superior presencial, há apenas quatro com a presença de ambas. São elas: Belo Horizonte (MG), Jundiaí (SP), e Rondonópolis e Cuiabá, no Mato Grosso. A sobreposição no ensino a distância atinge 10% dos municípios de atuação. A baixa sobreposição foi um dos fatores que permitiu o acordo de associação.

A fusão das companhias ocorre visando ampliar também a concessão de benefícios do governo federal, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), em que o aluno só precisa pagar o financiamento adquirido após a conclusão de sua graduação. O programa, destacam as companhias, auxilia na captação de novos alunos e na redução dos índices de evasão. A Kroton já tem uma participação expressiva nesse sentido: 45% do total de seu corpo discente possui Fies. Na Anhanguera, esse índice é de 20%.

“Com a operação, queremos incorporar as melhoras práticas de cada uma das empresas e ganhar escala para investir em tecnologia educacional”, justifica Galindo.

Operação – Pelos termos do acordo, a fusão ocorrerá pela incorporação das ações da Anhanguera pela Kroton, sendo que cada ação da Anhanguera corresponderá a 1,364 ação da Kroton. A operação é avaliada em cerca de 5 bilhões de reais. O controle das companhias será mantido disperso: os acionistas da Kroton terão 57,48% das ações e os da Anhanguera, 42,52%.

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