Em um ano, custo do Enem para o governo sobe 29%

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano vai custar ao governo brasileiro 357,67 milhões de reais, valor 29% superior ao gasto em 2012. O aumento no custo é motivado, sobretudo, pela alta de 24% no número de inscritos. Neste ano, 7,1 milhões de estudantes são esperados para o exame.​ O custo para o governo brasileiro por inscrito será de 49,86 reais. Em 2012, quando 5,7 milhões se inscreveram, o custo foi de 47,82 reais. O novo valor, portanto, representa alta de 4%.

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Luiz Cláudio Costa, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas e Educacionais (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC) que organiza o exame, defende que a alta foi menor do que a inflação. “O aumento do número de inscritos reflete em outros pontos, como produção gráfica, distribuição e segurança. Procuramos fazer uma boa negociação”, diz Costa.

Neste ano, o Enem será aplicado em 1.661 municípios (29 a mais do na edição anterior). Ainda são previstos gastos maiores com corretores de redação, que passarão de 5.600 para 8.400, e lacres eletrônicos em 63.000 malotes de provas.

Em 2012, 27,9% dos inscritos faltaram ao exame. A abstenção provocou um prejuízo estimado de 90,4 milhões de reais. O Inep ensaiou algum tipo de punição para os faltosos, mas até agora nada foi definido.

O professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Cipriano Luckesi, especialista em avaliação, ressalta que, na medida em que o Enem é adotado cada vez mais como vestibular, a abstenção deve cair. “O lado benéfico das avaliações em larga escala é estimular o investimento no ensino médio”, diz.

Contrato – O Enem 2013 também será realizado pelo consórcio Cespe/ Cesgranrio, como ocorreu nos últimos anos. Em 2011, o MEC optou pela dispensa de licitação, sob o argumento da complexidade da realização do exame. O contrato prevê organização de um ou mais exames para 10,2 milhões de alunos, o que já foi alcançado.

Apesar de já ter o valor por aluno, o preço global do exame ainda não foi definido. A ideia é que, assim como ocorreu em 2011, seja oficializado um valor para as próximas duas edições. Segundo o Inep, o contrato de prestação de serviço com o consórcio, independentemente do valor, vale até 2015.

(Com Estadão Conteúdo)

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