Walt Disney socorre filial europeia com financiamento US$ 1,3 bilhão

Montante ajudará a quitar parte da dívida da Euro Disney. Parque tem amargado quedas de visitas e de receita em meio à crise econômica do continente

Por Da Redação
6 out 2014, 11h47

Visitas da Euro Disney caíram em 800 mil para pouco mais de 14 milhões no ano passado (Joe Raedle/Getty Images)

A Walt Disney vai emprestar 1 bilhão de euros (1,3 bilhão de dólares) para o resgate de sua deficitária subsidiária europeia Euro Disney. O acordo inclui emissão de ações e reestruturação de dívida, com injeção de 420 milhões de euros em dinheiro. O financiamento da Walt Disney também ajudará a quitar 600 milhões em dívida da filial europeia.

“Esta proposta de recapitalizar a Euro Disney Group é essencial para melhorar a nossa saúde financeira e permitir-nos continuar fazendo investimentos no resort”, disse em comunicado o presidente da Euro Disney, Tom Wolber.

Atualmente, a Walt Disney detém 40% da Euro Disney; outros 10% estão em mãos do príncipe saudita Alwaleed bin Talal. A emissão de ações deverá levantar 351 milhões de euros, sendo aberta a todos os acionistas. Como a Walt Disney deverá ter participação relevante na operação, o que poderá dar ao grupo americano o controle total da subsidiária europeia.

Os acionistas ainda terão a opção de comprar algumas das ações emitidas na conversão da dívida para evitar a diluição de suas participações.

A dívida da empresa cairá para 998 milhões de euros, transformando um patrimônio líquido negativo de cerca de 200 milhões de euros (final de setembro) em um patrimônio líquido positivo de 800 milhões de euro após a operação.

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Crise – O resort situado a vinte quilômetros a leste de Paris (França) tem sofrido com a crise econômica europeia. As visitas caíram em 800 mil pessoas, para pouco mais de 14 milhões de visitantes no ano passado. A dívida de 1,75 bilhão de euros à Walt Disney tem dificultado a capacidade da empresa de investir em melhorias para o parque.

A Euro Disney disse que estima que a receita do ano fiscal encerrado em 30 de setembro caia até 3%, para 1,27 bilhão de euros. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve recuar para entre 110 e 120 milhões de euros ante 144 milhões de euros, enquanto o prejuízo líquido deve subir e ficar entre 110 e 120 milhões de euros ante 78 milhões de euros.

(Com agência Reuters)