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Volume de saques da poupança até outubro é o mais alto desde 1995

No ano, resgates somam 57 bilhões de reais, segundo o Banco Central; em outubro, retiradas foram 3,26 bilhões de reais superiores aos depósitos

Por Da Redação
6 nov 2015, 15h20

O volume de saques da poupança superou o de depósitos em 3,26 bilhões de reais em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central. Desde janeiro, o total resgatado da aplicação soma de 57,05 bilhões de reais. Nos dois casos, tratam-se dos maiores volumes de retiradas para os períodos desde 1995, quando o BC começou a compilar as informações.

Até 2015, o pior outubro para a caderneta havia sido o de 2000. Naquele ano, o resultado ficou negativo em 1,40 bilhão de reais. O resultado deste ano até agora também é significativo: pela primeira vez desde 2003 se vê um volume de resgates maior do que o de aplicações em todos os meses de um ano de janeiro a outubro.

O mês com o maior volume de retiradas neste ano foi março, com 11,4 bilhões de reais. Esse volume também é o maior para um só mês desde o início da série histórica, segundo as estatísticas do BC.

Com o resultado de outubro, o saldo total da poupança ficou em 644,84 bilhões de reais, já incluindo os rendimentos do período, de 4,06 bilhões de reais. Os depósitos na caderneta somaram 151,32 bilhões de reais em outubro, e as retiradas, 154,59 bilhões de reais.

Em evento sobre educação financeira promovido pelo Banco Central, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, disse nesta quinta-feira que é preciso estimular a poupança, um hábito que não é muito disseminado no país. “Mas isso só tem êxito se as pessoas virem razão concreta para trocar o consumo atual pelo futuro”, disse.

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Baixa remuneração – A fuga da poupança tem ocorrido, entre outros motivos, porque, com a recessão econômica, sobram menos recursos dos trabalhadores para investimentos. Além disso, com um cenário de juros e dólar altos, outros investimentos tornam-se mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) – esse cálculo vale para quando a taxa básica de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano. A Selic está hoje em 14,25% ao ano.

Por causa da sangria da poupança ocorrida desde o início do ano, o setor imobiliário passou a reclamar de falta de recursos para financiamentos de casas e apartamentos. Para minimizar esse quadro, o BC decidiu, em maio, liberar os bancos para usar 22,5 bilhões de reais dos chamados depósitos compulsórios, recursos da poupança que são obrigados a manter no BC. Com o aval do Banco Central, os recursos podem ser redirecionados para operações de financiamento habitacional e rural.

(Com Estadão Conteúdo)

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