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Vendas no varejo têm pior agosto desde 2000

Segundo IBGE, volume de vendas no comércio brasileiro caiu pelo sétimo mês seguido, desta vez a redução foi de 0,9% ante julho

Por Da Redação
14 out 2015, 09h57

Motor do crescimento econômico nos últimos anos, o consumo dos brasileiros continua amargando sucessivos números negativos em 2015. O volume de vendas do comércio varejista teve uma queda de 0,9% em agosto ante julho, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Este é o sétimo mês seguido de baixa no setor. Para os meses de agosto, a variação negativa é a maior desde 2000, quando as vendas recuaram 1%.

Em comparação com o ano passado, a queda nas vendas é ainda mais acentuada, de 6,9%. Nessa base de comparação, é a maior queda desde março de 2003, quando retraiu 11,4%. No ano, o recuo é de 3%, e no acumulado dos últimos doze meses, o decréscimo é de 1,5%.

Já o varejo ampliado, que inclui a venda de veículos, motos e peças e materiais de construção, registrou uma queda de 2% em agosto ante o mês anterior, e de 9,6% em comparação com igual mês de 2014.

O fraco resultado do segmento foi puxado pelo desempenho das atividades relacionadas à comercialização de veículos e motos, partes e peças (-5,2%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%); material de construção (-2,3%); móveis e eletrodomésticos (-2,0%); tecidos, vestuário e calçados (-1,7%); e combustíveis e lubrificantes (-1,3%). Na outra ponta, avançaram as vendas em lojas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,0%).

Na comparação anual, o que mais pesou sobre o dado negativo do setor foram as atividades de hiper, supermercado, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 4,8%; móveis e eletrodomésticos (-18,6%); e tecidos, vestuários e calçados (-13,7%). O IBGE apontou quatro motivos que explicam esse desempenho: aumento nos preços dos alimentos, restrição ao crédito, redução da massa salarial do trabalhador e o aumento do desemprego.

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Com a crise econômica batendo à porta dos brasileiros, o consumo tem caído mês após mês e empurrado o Produto Interno Bruto (PIB) do país para o campo negativo. “Em síntese, em agosto de 2015, o volume de vendas no varejo prossegue mostrando um quadro de menor ritmo, expresso não só pelo sétimo mês seguido com resultado negativo na comparação com o mês imediatamente anterior, mas também no perfil disseminado de taxas negativas entre os principais segmentos”, informou o instituto de pesquisa, em nota.

O economista da consultoria Tendências Rodrigo Biaggi prevê queda de 4,1% no varejo deste ano e de 1,5% no próximo. “O viés é de baixa para a projeção do varejo em 2015 e também contamina 2016. Com o cenário atual de renda, de crédito e político, não tem nada que possa reverter o cenário do consumo das famílias”, avaliou.

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(Da redação)

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