Vendas no varejo dos EUA têm maior alta em cinco meses
Consumo avançou 1,1% em fevereiro, ante 0,6% no mês anterior
As vendas no varejo nos Estados Unidos registraram em fevereiro seu maior ganho em cinco meses. Segundo dados divulgados pelo governo nesta terça-feira, norte-americanos demandaram maior número de veículos motorizados, mesmo pagando mais pela gasolina. As vendas totais no varejo subiram 1,1%, segundo o Departamento do Comércio, após uma revisão para cima do dado de janeiro, para 0,6%.
Economistas consultados previam que as vendas no varejo tivessem alta de 1% por cento, após um ganho de 0,4% previamente informado para o mês de janeiro.
As vendas no varejo do mês passado foram sustentadas por um aumento de 1,6 p% nas vendas de veículos motorizados, refletindo a demanda reprimida das famílias e o crescimento da confiança na economia com a aceleração da criação de empregos. O devastador terremoto no Japão causou interrupções na fabricação de automóveis no ano passado e deixou as concessionárias sem modelos que os consumidores queriam comprar.
Excluindo automóveis, as vendas no varejo avançaram 0,9% no mês passado, somando-se ao ganho revisado de 1,1% em janeiro. Os consumidores compraram veículos motorizados mesmo pagando mais pela gasolina na bomba. Os preços do combustível subiram 20 centavos no mês passado, de acordo com dados do governo.
As vendas em postos de gasolina subiram 3,3%, o maior ganho desde março do ano passado, após subir 1,9% em janeiro. Excluindo automóveis e gasolina, as vendas subiram 0,6% em fevereiro, depois de aumentar 1,0% no mês anterior. A gasolina respondeu por 11,5 por cento das vendas no varejo em fevereiro.
Fora automóveis e postos de gasolina, detalhes do relatório vieram bastante positivos, sugerindo que os recentes ganhos sólidos no mercado de trabalho estão apoiando os gastos do consumidor. No mês passado, o faturamento das lojas de roupas aumentou 1,8%, a maior alta desde novembro de 2010, enquanto as vendas de materiais de construção e equipamentos de jardinagem avançaram 1,4%.
O clima ameno fora de época impulsionou o movimento nos shopping centers, mesmo com os varejistas tendo que oferecer enormes descontos para limpar as prateleiras de roupas de inverno e outros produtos. O chamado núcleo das vendas no varejo, que exclui automóveis, gasolina e materiais de construção, subiu 0,5%, após avançar 1% em janeiro. O núcleo das vendas corresponde com mais proximidade ao componente de gastos do consumidor do relatório do Produto Interno Bruto (PIB) do governo.
As vendas em restaurantes e bares subiram 0,8%, enquanto o faturamento de lojas de produtos esportivos, lazer, livros e música subiu 1%. Vendas de eletrônicos e eletrodomésticos subiram 1%, enquanto as receitas de lojas de móveis caíram 1,2%.
(Com Reuters)
(Com Reuters)