Varejo surpreende em novembro, mas acumula pior resultado anual desde 2003
Alta no mês foi de 1,5% em relação a outubro; de janeiro a novembro, setor recuou 4% na comparação com o mesmo período de 2014, segundo o IBGE
As vendas no varejo brasileiro em novembro cresceram de forma inesperada em relação ao mês anterior, impulsionadas por antecipações das compras de Natal, mas, no acumulado do ano, tiveram seu pior desempenho desde 2003. O recuo nesse intervalo foi de 4% em relação ao mesmo período de 2014.
Em comparação com outubro, a alta foi de 1,5%, o melhor desempenho nessa base de comparação em um ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O resultado é o segundo positivo seguido e o melhor desde a alta de 1,7% vista em novembro de 2014, contrariando a expectativa de queda de 0,53% em pesquisa da agência Reuters.
Mas, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, a queda foi de 7,8% nas vendas, oitava taxa negativa seguida nessa base de comparação e a mais forte desde março de 2003 (-11,4%). A expectativa era de recuo de 9%.
Segundo o IBGE, cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram alta no volume de vendas em novembro em relação a outubro. Os destaques ficaram para os avanços de 6,9% na comercialização de móveis e eletrodomésticos e de 4,1% de outros artigos de uso pessoal e doméstico.
“Os desempenhos desses segmentos em novembro indicam um movimento de antecipações de compra para o Natal, fato já observado em anos anteriores”, destacou o IBGE, em nota. As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo – setor com maior peso na estrutura do comércio varejista -, por sua vez, caíram 1,5% em novembro.
(Da redação)