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Usiminas quer porto da MMX operando – e nega compra

Diretor da companhia nega compra da empresa do Grupo EBX. Interesse da mineradora se concentra no início do funcionamento do porto

Por Da Redação
21 ago 2013, 16h32

A Usiminas começou a cobrar ressarcimento da MMX pelo atraso quanto ao início das operações do porto da mineradora do grupo de Eike Batista, e declara não ter interesse em fazer uma oferta para comprar participação na companhia, afirmou o diretor financeiro da siderúrgica, Ronald Seckelmann. “A MMX interessa a nós apenas como porto operando”, disse o executivo a jornalistas nesta quarta-feira, após apresentação da Usiminas a analistas e investidores, repetindo comentários feitos no final de julho, após os resultados de segundo trimestre da siderúrgica.

Perguntado sobre notícias que envolvem a Usiminas em uma possível negociação para a compra da MMX, o executivo negou. A MMX está construindo o Porto do Sudeste, que perdeu prazos para entrada em operação, disparando cláusulas de compensação previstas em contrato assinado com a Usiminas em 2010. O acordo foi acertado para escoar a produção de minério de ferro da Usiminas, mas com o atraso da entrada do porto, a siderúrgica ficou sem canais eficientes para exportar sua produção excedente. “A MMX é uma empresa de mineração integrada com porto, a princípio não nos interessa (fazer oferta por participação)”, disse Seckelmann. Ele acrescentou que não tem conhecimento se a ferrovia MRS, na qual a Usiminas tem participação, teria feito oferta para compra de ativos da mineradora.

Segundo o diretor de mineração da siderúrgica, Wilfred Bruijn, o “maior desejo da Usiminas” é que o Porto do Sudeste entre rapidamente em operação. Por enquanto, a empresa trabalha com prazo de que o Porto do Sudeste começará a operar entre o final deste ano e início de 2014. Com o porto funcionando, a Usiminas prevê elevar o volume de vendas de minério de ferro em 2014, quando espera que o preço da commodity no mercado internacional fique em torno de 125 dólares, perto do patamar previsto para o final deste ano. Os executivos não comentaram quando e quanto a empresa espera receber da parcela de compensação que estão cobrando da MMX.

Bruijn comentou que a primeira etapa do projeto de ampliação de capacidade de produção de minério de ferro, para 12 milhões de toneladas anuais, conhecido como “Friáveis”, está com 95% das obras concluídas e se mostrou otimista sobre aprovação no início do próximo ano da segunda etapa da expansão. Esta etapa, conhecida como “Projeto Compactos”, tem como meta elevar a capacidade de minério da Usiminas para 29 milhões de toneladas entre 3 a 4 anos após o início das obras. “Estamos bastante otimistas sobre o Capex (investimento) e também sobre o mercado”, disse Bruijn a analistas.

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Segundo Ronaldo, dos cerca de 4,8 bilhões de reais em caixa detidos pela Usiminas ao final do segundo trimestre, 1,5 bilhão correspondem a recursos da Mineração Usiminas (Musa), que estão esperando aprovação do projeto Compactos. Ele ainda afirmou que se o projeto não for aprovado pelo conselho da companhia, os recursos serão retornados gradualmente sob a forma de dividendos aos acionistas.

Seckelmann comentou que a Musa deve receber em setembro 98 milhões de dólares em dinheiro da Sumitomo, concluindo uma operação acertada em 2010, quando a companhia japonesa comprou participação de 30% na mineradora. Ele afirmou ainda que a Usiminas ainda não fechou orçamento de investimento em 2014, mas que o número global deve ficar em torno de 1 bilhão e 1,2 bilhão de reais. A expectativa para este ano era de 1,5 bilhão de reais, mas o valor desembolsado até o final de 2013 deve ficar em 1,35 bilhão disse o executivo.

AÇO – Sobre o mercado de aço, o diretor comercial, Sérgio Leite, afirmou que a Usiminas espera que o consumo aparente do Brasil este ano deve crescer entre 2 e 2,5%, mas que a Usiminas espera elevar suas vendas em 5%. Em chapas grossas, um dos principais produtos da empresa e destaque de vendas no segundo trimestre, Leite estimou que os volumes vendidos entre julho e setembro serão menores que o registrado entre abril e junho. A Usiminas deverá compensar a redução elevando vendas de outros produtos, disse o executivo.

A Usiminas elevou preços de aço vendido a distribuidores em cerca de 6 a 8% a partir desta semana, em meio à intensificação da baixa do real contra o dólar e depois de ter informado no final de julho que via um cenário de preços estável no terceiro trimestre. Leite evitou comentar se a companhia projeta novos reajustes nos próximos meses.

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(com agência Reuters)

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