União Europeia fecha 2011 com déficit de 4,5% do PIB
A boa notícia é que, de forma geral, os 24 estados-membros melhoraram suas contas públicas no ano passado em relação a 2010
Já a dívida pública subiu para 87,2% na eurozona em 2011, ante o índice de 85,3% do PIB que tinha sido registrado em 2010
Os países da zona do euro encerraram 2011 com um déficit fiscal de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB), informou nesta segunda-feira o escritório estatístico comunitário Eurostat. Já a União Europeia, que inclui países que não estão inseridos na união monetária, mostrou saldo negativo de 4,5%, o que representa uma queda de dois pontos porcentuais na comparação com os índices de 2010. Um ano antes, o déficit da eurozona tinha sido de 6,2% e da UE, de 6,5%.
A dívida pública subiu para 87,2% na eurozona em 2011, ante o índice de 85,3% do PIB que tinha sido registrado em 2010. Já a UE passou de 80% para 82,5%.
No ano passado, os maiores déficit públicos foram registrados na Irlanda (13,1% do PIB), Grécia (9,1%), Espanha (8,5%), Reino Unido (8,3%), Eslovênia (6,4%), Chipre (6,3%), Lituânia (5,5%), França e Romênia (5,2%) e Polônia (5,1%). O déficit público ficou dois pontos e meio acima do previsto. O valor foi menor que nos dois anos anteriores (9,3% e 11,2%), mas quase o dobro do índice de 2008 (4,5%).
Os menores índices foram observados na Finlândia (0,5% do PIB), Luxemburgo (0,6%) e Alemanha (1%). Hungria, Estônia e Suécia tiveram um superávit de 4,3%, 1% e 0,3%, respectivamente.
Melhora – De forma geral, os 24 estados-membros melhoraram suas contas públicas em 2011 em relação a 2010, enquanto dois (Chipre e Eslovênia) pioraram e um (Suécia) não registrou mudança. No final do ano passado, os níveis mais baixos de dívida pública foram registrados na Estônia (6% do PIB), Bulgária (16,3%), Luxemburgo (18,2%), Romênia (33,3%), Suécia (38,4%), Lituânia (38,5%), República Tcheca (41,2%), Letônia (42,6%), Eslováquia (43,3%) e Dinamarca (46,5%).
Em 14 estados-membros foram registradas no ano passado dívidas públicas acima de 60% do PIB, o limite fixado pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC). Estes foram Grécia (165,3%), Itália (120,1%), Irlanda (108,2%), Portugal (107,8%), Bélgica (98%), França (85,8%), Reino Unido (85,7%), Alemanha (81,2%), Hungria (80,6%), Áustria (72,2%), Malta (72%), Chipre (71,6%), Espanha (68,5%) e Holanda (65,2%).
Em 2011, as despesas governamentais equivaleram a 49,3% do PIB na eurozona e as receitas representaram 45,2%. No conjunto da União Europeia, as despesas chegaram a 49,1% do PIB e as receitas 44,6%. Nos dois casos, o nível das despesas caiu entre 2010 e 2011, enquanto a receita por PIB aumentou.
Setor privado – O índice de gerentes de compra (PMI) da Zona do Euro piorou no mês de abril, mostrando que tanto o setor industrial quanto o de serviços têm desacelerado na região e a recessão pode ser mais longa que o previsto. O encolhimento das carteiras de pedidos e o aumento do desemprego são os principais fatores que puxam o desempenho do setor privado para baixo.
O PMI para o setor de serviços, dominante na economia da zona do euro, caiu para 47,9 em abril ante 49,2 em março. Esta é a mínima de cinco meses e menor do que a previsão de economistas ouvidos pela agência Reuters, que apostavam em 49,3. qualquer número abaixo de 50,0 significa contração.
Já o PMI industrial caiu de 47,7 em março para 46,0 em abril – menor taxa desde junho de 2009.
(com agências EFE e Reuters)