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Tribunal alemão adia decisão sobre fundo de resgate

Juízes adiaram para setembro a decisão sobre a legalidade constitucional da entrada da Alemanha no Mecanismo Europeu de Estabilidade

Por Da Redação
16 jul 2012, 17h06

Espanha, Itália e Grécia podem ter de esperar mais tempo do que pensavam por uma ajuda financeira da zona do euro. Tudo porque a Alemanha, principal economia do bloco, parece não estar tão disposta a ajudar, afirma o jornal francês Le Figaro. Nesta manhã, o Tribunal Constitucional de Karlsruhe adiou para 12 de setembro a decisão sobre a legalidade constitucional da entrada da Alemanha no Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES) – o novo fundo de ajuda aos países afetados pela crise, que substituirá o instrumento atual, o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). A previsão inicial era que a decisão sairia até o final de julho.

Em meio a reclamações da coalizão da chanceler alemã, Angela Merkel, de parlamentares e acadêmicos, que temem que o MES tire o poder do Congresso alemão para decidir sobre o orçamento do país, juízes optaram por adiar a decisão de entrada da Alemanha no fundo.

Para o ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, um atraso na aprovação do MES pode abrir um novo período de incertezas no mercado, destaca o Le Figaro. Ele alerta ainda para o risco de considerável perda de confiança na capacidade da zona do euro de tomar as decisões necessárias em tempo hábil. “As dúvidas que cercam a opção constitucional ou a capacidade da Alemanha para conter riscos para a estabilidade dos preços na zona euro poderiam exacerbar sintomas pré-existentes da crise”, disse.

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Espanha e Itália – O adiamento não irá impedir a recapitalização dos bancos espanhóis, diz o Le Figaro, pois a ajuda poderá ser feita pelo FEEF, que ainda tem 240 bilhões de euros de capacidade de empréstimo. A zona do euro, segundo o jornal, está preparada para emprestar 100 bilhões de euros às instituições financeiras do país. No entanto, o adiamento dos juízes de Karlsruhe complica uma inversão da dívida italiana no mercado secundário porque o FEEF não é suficientemente dotado de recursos para suportar ambas as demandas.

De acordo com o jornal francês, o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, concordou, no final de junho, em retirar da pauta a assinatura do tratado até que o Tribunal de Karlsruhe examine, em caso de emergência, as queixas de alguns parlamentares contra o MES e o pacto fiscal da união monetária. Para o presidente da Corte, Andreas Vosskuhle, os juízes devem ratificar a aprovação do MES no parlamento com 75% dos votos, em 29 de junho.

O chefe do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, segundo Le Figaro, alertou nesta semana que “não ajudaria” se os juízes do Tribunal de Karlsruhe adiassem a decisão para setembro. Para Juncker, a Alemanha sabe, por exemplo, das enormes dificuldades da Grécia, um dos países mais afetados pela crise na zona do euro. “Acho que eles estão cientes dos prazos que enfrentamos”, disse.

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Além do chefe do Eurogrupo, os primeiros-ministros da Espanha e da Itália, Mariano Rajoy e Mario Monti, e o presidente da França, François Hollande, também fazem pressão para que a Alemanha acelere o processo de aceitação do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

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