Trabalhadores da Volks e da Ford aceitam corte de salário e jornada
Sindicato informou que operários e montadoras chegaram a um acordo para aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE)
Trabalhadores da fábrica da Volkswagen e da Ford, em São Bernardo do Campo (SP), vão aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado pelo governo federal com o objetivo de conter as demissões em massa, informou o sindicato dos metalúrgicos do ABC nesta sexta-feira. Pelo acordo, os operários aceitaram um corte de 10% nos salários e de 20% na jornada de trabalho.
Antes deles, a fábrica da Mercedes Benz, também em São Bernardo do Campo, e a fabricante de máquinas agrícolas Cartepillar, em Piracicaba (SP), também já haviam aderido ao programa.
A fábrica da Volks emprega cerca de 12.000 funcionários, e a da Ford, 4.300. Os operários da Ford estavam em greve até a manhã desta sexta-feira, quando, em assembleia, decidiram fechar um acordo com a montadora que previa a adesão ao PPE e a revogação da demissão de 200 trabalhadores. A empresa confirmou as negociações.
Já a Volks informou em nota que vai solicitar ao governo federal o ingresso no programa. A negociação com os operários da montadora alemã ainda incluiu itens que não estavam assegurados pela PPE, como a não incidência da redução salarial nas férias e no 13º.
Programa – O PPE foi lançado pelo governo no início do julho com a assinatura de Medida Provisória pela presidente Dilma Rousseff permitindo a redução da jornada de trabalho e dos salários em até 30%, com uma complementação de 50% da perda salarial bancada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A medida impede demissões em empresas de setores considerados estratégicos que aderirem ao programa durante o período de vigência – que vai de 6 a 12 meses – e obriga a manutenção do vínculo por mais um terço desse tempo após o fim do programa.
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(Com agências)