Tombini reconhece “evolução desfavorável” da economia

Presidente do BC emitiu nota reconhecendo a estagnação do PIB em 2014 e elogiando mudanças metodológicas no cálculo

Por Da Redação
27 mar 2015, 16h49

Tombini: os ajustes macroeconômicos em curso tendem a construir bases mais sólidas para a retomada da confiança e do crescimento econômico. (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, divulgou nesta sexta-feira uma nota comentando o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, de 0,1%, anunciado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo Tombini, os números confirmam a “pausa no crescimento econômico no ano” e uma “evolução desfavorável” da economia.

O IBGE anunciou também nesta sexta a revisão do PIB de 2013, o que resultou na elevação de 2,5% para 2,7%. A revisão foi decorrente das mudanças de cálculo promovidas pelo Instituto. As contas nacionais agora tratam gastos com pesquisa e desenvolvimento como investimento, e não como consumo, entre outros ajustes. Economistas já esperavam que as mudanças aumentariam o tamanho da economia do país e afastariam o risco de recessão em 2014.

Na nota, Tombini ponderou que tais mudanças foram positivas. “A revisão das estatísticas decorrente de aprimoramentos metodológicos incorporados pelo IBGE revelou um quadro de maior expansão da atividade econômica desde 2012, como já evidenciado para 2011, de participação mais elevada do investimento na economia e de melhores indicadores de solvência do país”, disse o presidente.

Ainda segundo Tombini, “apesar da evolução desfavorável da atividade no curto prazo, os ajustes macroeconômicos em curso tendem a construir bases mais sólidas para a retomada da confiança e do crescimento econômico”.

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