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Ajuste fiscal está mais lento que o imaginado pelo governo, diz Tombini

No encontro do FMI em Lima, no Peru, presidente do BC afirmou ser preciso 'reancorar as expectativas' de inflação

Por Da Redação
8 out 2015, 16h45

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou em um evento em Lima, no Peru, nesta quinta-feira que o ajuste fiscal no Brasil tem ocorrido de forma mais lenta do que o inicialmente imaginado pelo governo, em meio a dificuldades políticas. Segundo ele, as mudanças fiscais em ritmo mais lento tiveram impacto nas taxas de câmbio, o que ajudou a acelerar o ajuste externo.

Essa lentidão também teve impacto sobre os prêmios de risco do Brasil, que subiram, e levantam dificuldades para reancorar as expectativas de inflação. Tombini participou de um painel com outros quatro presidentes de bancos centrais da América Latina, incluindo os do México e Colômbia. O evento faz parte da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) na capital peruana.

Tombini frisou em sua apresentação que tem crescido o consenso no Brasil sobre a necessidade do ajuste fiscal. O presidente do BC destacou que a América Latina tem que lidar com ajustes importantes que estão ocorrendo na economia mundial, incluindo a mudança da política monetária dos países desenvolvidos e a queda dos preços das commodities.

O presidente do BC ressaltou que a autoridade monetária teve que trabalhar para conter a alta da inflação e “reancorar as expectativas”. “A política monetária foi ajustada para lidar com isso e foi capaz de reancorar a expectativa de inflação para um horizonte mais longo”, disse. Ele destacou que as expectativas inflacionárias para 2019, 2018 e 2017 estão reancoradas, apesar do aumento da inflação em 2015, que em parte tem relação com a depreciação do real e aumento dos preços administrados. A desvalorização do real, de acordo com Tombini, já teve impacto na conta corrente, com déficit sendo reduzido este ano na comparação com o 2014.

Em sua apresentação, ele comentou a estratégia do BC do Brasil nos últimos anos para lidar com uma alta liquidez internacional e com o crédito no Brasil crescendo em ritmo mais intenso que o desejado. O dirigente destacou ainda que o BC também tem que manter “um olho” na estabilidade financeira no país.

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(Com Estadão Conteúdo)

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