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Depois do anúncio de corte de gasto, mais dinheiro para o BNDES

Segundo Mantega, não há contradições entre o aporte e o corte de 50 bilhões de reais no Orçamento da União em 2011

Por Da Redação
3 mar 2011, 14h51

Mantega argumentou que não há contradições entre o aporte e o corte de 50 bilhões de reais no Orçamento da União em 2011. “Uma coisa é gasto e a outra é financiamento de investimentos”

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira um aporte de 55 bilhões de reais do Tesouro no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos serão usados na prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), gerenciado pelo banco de fomento.

Mantega disse que é preciso manter o aumento dos investimentos acima da alta do Produto Interno Bruto (PIB) para atingir um crescimento sustentado. Para o ministro, os 55 bilhões de reais serão suficientes para estimular os investimentos no programa. Na manhã desta quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB fechou 2010 em alta de 7,5% em relação a 2009. Já a taxa de investimento – relação entre os investimentos e o PIB – ficou em 18,4% no ano passado.

Mantega argumentou que não há contradições entre o aporte e o corte de 50 bilhões de reais no Orçamento da União em 2011. “Uma coisa é gasto e a outra é financiamento de investimentos. Não estamos fazendo aquele corte tradicional que cortava tudo e fazia terra arrasada”, afirmou. Alguns economistas acreditam que o governo usará o BNDES para compensar os cortes no orçamento.

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Segundo ele, ainda deve haver um novo repasse do Tesouro ao BNDES em 2012, mas em um patamar menor, “tendendo a zero”. Mantega também rechaçou qualquer ligação entre os recursos disponibilizados pelo banco de fomento e o aumento da inflação. “O BNDES não pressiona a inflação, uma vez que investimento permite maior oferta de produtos na economia. O problema inflacionário é do lado do consumo e não do investimento”, alegou.

Segundo Mantega, a transferência de recursos ao banco de fomento “faz todo o sentido”. Para ele, se o repasse fosse suprimido totalmente este ano, haveria queda nos investimentos, uma vez que o setor privado ainda não teria condições de assumir esses financiamentos de longo prazo. “Estamos em uma fase de transição para que o setor privado possa arcar com uma fatia maior dos financiamentos de investimentos. A tendência é de que o mercado de debêntures e as outras medidas anunciadas no fim do ano possam propiciar a substituição do BNDES”, afirmou.

Poupança – O ministro destacou também que o crescimento da poupança foi maior que o dos investimentos em 2010, o que garante uma trajetória positiva para a economia brasileira. Segundo ele, a poupança em 2011 crescerá mais que no ano passado. Mantega projetou ainda um crescimento de 12% dos investimentos neste ano.

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