Termina greve nas usinas de Santo Antônio e Jirau

A paralização durou duas semanas e trabalhadores aceitaram proposta de reajuste de 7% feita pelas usinas

Por Da Redação
2 abr 2012, 14h58

Fila de trabalhadores de Jirau aguarda por transporte, acompanhada por policiais de Rondônia: situação ainda é tensa (Simone Marinho/Ag O Globo/VEJA)

Os barrageiros aceitaram a proposta de concessão de reajuste de 7% para salários até R$ 1,5 mil e de 5% salários acima desse valor.

Terminou na manhã desta segunda-feira a greve dos trabalhadores nas usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Em assembleias-gerais realizadas nos canteiros de obras das duas usinas, os trabalhadores decidiram aceitar a proposta apresentada na noite da última sexta-feira pelos representantes dos consórcios construtores de concessão de reajuste de 7% para quem recebe até 1.500 reais – e de 5% para quem tem salário acima desse valor. As empresas também se comprometeram a repor o dinheiro descontado dos grevistas até o próximo dia 10.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) havia determinado há mais de uma semana a volta imediata dos grevistas ao trabalho, por considerar a greve ilegal e abusiva. O tribunal também havia autorizado o desconto dos dias não trabalhados e a demissão de funcionários que participaram da depredação de ônibus e de parte do alojamento e refeitório na Usina de Santo Antônio. Também foi determinada a prisão de quem impedisse colegas de ter acesso ao canteiro de obras.

O governo de Rondônia disponibilizou 200 policiais militares, incluindo o Comando de Operações Especiais (COE), grupo de elite da PM, para impedir novos conflitos. O apoio da Força Nacional de Segurança para conter a situação nas usinas também foi solicitado pelo governador em exercício Airton Gurgacz (PDT), visto que o policiamento de Porto Velho ficaria prejudicado. A Hidrelétrica de Santo Antônio está localizada a 8 quilômetros da cidade e a Jirau a 100 quilômetros.

(com Agência Estado)